sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nossos cães comem demais!

Conheça as vantagens de dar menos alimento aos cães, com base em experimentos científicos

O que era ideal não é mais

Há muito tempo se sabe que a obesidade aumenta a chance de os cães adquirirem uma porção de doenças e de ficarem sujeitos a uma redução na qualidade e no tempo de vida. Em um experimento científico, feito durante uma geração inteira de cães (por cerca de 14 anos), foi constatado que, ao consumirem menos calorias e ficarem com peso menor do que era considerado normal, os cães vivem mais e têm menos problemas de saúde. Os exemplares submetidos a uma dieta de redução calórica viveram de 10 a 15% mais tempo que os demais.

Novo padrão

A referência visual do novo padrão de peso é o cão estar com as costelas levemente aparentes, quando visto por cima, o que é fácil de constatar nos exemplares de pêlo curto. Já para avaliar os peludos, é preciso apalpá-los. Em caso de dúvida, pode-se consultar um médico-veterinário que entenda do assunto. É possível, ainda, recorrer a aparelhos eletrônicos que medem a espessura da gordura corporal.

Depois de o cão ter sido avaliado, o peso ideal estabelecido poderá ser usado como referência.

Qualidade da ração

É muito importante que o cão submetido a esse novo regime ingira alimentos ricos em nutrientes. Ou seja, que receba rações e petiscos de ótima qualidade. Isso porque, mesmo comendo menos, não lhe devem faltar os nutrientes essenciais para desenvolver e manter adequadamente o organismo.

Variações graduais

Cães acima do peso devem perdê-lo gradativamente – o emagrecimento muito rápido pode prejudicar a saúde. Sempre que possível, evite variações bruscas de peso.

Dificuldade psicológica

Grande parte das pessoas não resiste à cara de pidão do cão e serve a ele mais comida do que deveria, sem falar nas que lhe dão parte do que comem. A determinação necessária para controlar o peso do cão aumenta quando a oferta de alimento é reduzida. Provavelmente, o cão implorará com mais empenho por algo para comer.

Quanto a petiscos, não há problema em dá-los se forem alimentos “permitidos”, oferecidos em quantidades adequadas.

Querer mais é normal

O cão saudável geralmente está disposto a procurar alimento e a ingeri-lo. A tendência formou-se durante a evolução, quando era preciso aproveitar cada oportunidade para se alimentar.

Ao manter o cão completamente saciado, estaremos, via de regra, prejudicando a saúde dele. Por meio de adestramento, é perfeitamente possível ensiná-lo a pedir alimento sem latir e a não fazer pedidos enquanto almoçamos ou jantamos.

O correto é dar a quantidade certa de alimento, assim como é normal o cão estar sempre disposto a comer mais. Na natureza, os animais passam a maior parte do tempo em busca de comida, o que é considerado extremamente saudável do ponto de vista físico e psicológico.

Alterações comportamentais

Experimentos demonstraram que, em geral, os cães não ficam mais agitados ou agressivos quando submetidos ao novo padrão de peso corporal. Podem ocorrer apenas alterações pouco significativas na agitação, para mais ou para menos. Durante o emagrecimento, ou seja, logo após a aplicação do novo padrão, os cães tendem a ficar mais agitados e costumam latir mais, mas essa situação volta rapidamente ao normal. Há, também, situações específicas nas quais ocorrem momentos de maior agitação. Uma é quando o cão está prestes a ser alimentado. Outra acontece quando ele percebe que vai ganhar petisco. Há, ainda, a possibilidade de o alimento servido a vários cães ser mais disputado. Nesse caso, é preciso alimentar os animais separadamente ou sob supervisão.

Vantagens adicionais

Cães que se mostram interessados em petiscos são mais facilmente treinados de forma positiva e prazerosa. Fica também mais fácil reforçar os comportamentos deles conforme os nossos desejos, porque ganhar petisco passa a ter mais valor.

Para aproveitar o instinto de procurar comida, podemos esconder pedacinhos de petisco pela casa. Ao buscá-los farejando, o cão ficará entretido. Com isso, diminui o tédio e a ansiedade de separação.

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