quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cães e plantas podem conviver com segurança?


Algumas pessoas acham que é impossível ter uma casa com cães e um jardim bonito. Mas com um treinamento correto, esse convívio pode ocorrer sem maiores problemas.

Cães gostam de cavar buracos e comer alguns tipos de plantas. Isso é natural e saudável no comportamento deles. E na vida moderna, com o bichinho confinado e sem atividade, isso se torna mais comum ainda.

Geralmente o cachorro “escolhe” aquela plantinha preferida, que você passou muito tempo cultivando, regando, cuidando, para destruir. Isso ocorre por imitação, e também como uma tentativa de chamar a atenção. Isto é, o cão viu você mexendo na plantinha, e resolveu fazer o mesmo, para te imitar, e porque você deu tanta importância para aquela planta, que ele provavelmente vai conseguir sua atenção se mexer ali também. Alguns cães, ainda, não tem o que fazer o dia todo, não possuem brinquedos, ficam entediados, e encontram na destruição uma forma eficiente de aliviar seu estresse e tédio, e também de se exercitar.

Algumas dicas para melhorar esses problemas:

• Dê brinquedos para seu cão destruir: brinque com os brinquedos, deixe-os com seu cheiro, e torne-os interessantes para o cão. Assim ele terá objetos para destruir, e não precisará recorrer às plantinhas;

• Exercite seu cão: faça passeios, jogue bolinhas, deixe-o correr. Ele tem que gastar energia, assim ficará mais tranquilo e feliz! Importante: cada cão tem um ritmo, não exceda os limites de seu cachorro, sempre leve água nos passeios, e evite horários muito quentes;

• Não cuide de suas plantas na frente do seu cão: ele pode querer te imitar, ou relacionar sua presença com o fato de mexer nas plantas, aí acabará destruindo-as;

• Se, ao chegar em casa, perceber que seu cão destruiu plantas, fez bagunça, etc, não dê bronca, e limpe a bagunça quando ele não estiver por perto. Muitos cães passam a relacionar a bagunça com a atenção do dono – mesmo que seja uma atenção de má qualidade, como uma bronca – e acabam repetindo as bagunças, para que o dono “apareça” para dar a bronca novamente;

• Torne o contato com a planta desconfortável: existem sprays amargos próprios para cães – vendidos em petshops – que podem ser colocados nas plantas. Neste caso, repita as aplicações umas três vezes ao dia, para que o cão vá desistindo da planta.
Atenção: não utilize produtos que não sejam próprios para cães, pode ser perigoso para a saúde do seu cão!

• Buracos: No caso de buracos na terra, tampe o buraco com as fezes do seu cão, e depois jogue um pouco de terra por cima. Os cães não costumam cavar onde encontram as fezes;

• Crie um cantinho para seu cão: pode ser uma caixa de areia, para que ele faça buracos, e plantinhas próprias para cães – existem sementes próprias, disponíveis no mercado pet. Assim ele terá o cantinho dele para que possa brincar!

Texto: Caroline Serratto (Adestradora Cão Cidadão)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Doenças prostáticas no cão

"Apesar da função na área reprodutiva ,a próstata doente pode manisfestar sintomas urinários"

A próstata é considerada a única glândula sexual acessória do cão. Sua principal função é proporcionar um meio rico para que os espermatozoides possam se movimentar no ambiente uterino da fêmea, no momento da ejaculação e da fecundação.
O médico veterinário deve estar atento aos sinais e queixas feitas pelo proprietário com relação às seguintes alterações: jato de micção fino, tempo de micção prolongado, frequência de micção aumentada e presença de sangue na urina,principalmente ao final do jato.
Todas estas características podem ser compatíveis com infecções de bexigas (cistites),mas também podem decorrer de infecções e abscessos prostáticos.Nestes casos,a febre e a inapetência também estão associadas.
Embora a hiperplasia prostática benigna possua esta denominação (porque,na maioria das vezes, ela não apresenta sintomas), em alguns casos o simples aumento da glândula não só pode comprimir a uretra (daí o jato mais fino), mas também uma porção do reto, que é o trajeto final das fezes.E, nestes casos,animal poderá apresentar desconforto para defecar.Alerta a todas estas características, o toque prostático pela via retal,associado à ultrassonografia e à realização do exame de urina de rotina, é um dos procedimentos que podem revelar várias alterações relacionadas à prostáta doente.
Das doenças prostáticas, embora a mais rara, o câncer prostático (principalmente o adenocarcinoma) é o mais temido para o cão, pois sua agressividade e a possibilidade de metástase são grandes.Diferente do que ocorre nas prostatites e na hiperplasia prostática, o câncer de próstata não leva ao aumento glandular tão intenso, mas à destruição da glândula e a invasão para outros tecidos vizinhos e distantes (metástases) como as vértebras da coluna lombar, os pulmões e os linfonodos (gânglios) das patas e região inguinal.Por consequência e em função do estado adiantado do tumor, é comum o animal apresentar sangue na urina, dor e cansaço ao se locomover, além de edema (inchaço) dos membros traseiros,exatamente em função das complicações respiratórias,ósseas e ganglionares.
Nestes casos e até mesmo quando é possível a detecção inicial do tumor, o prognóstico é ruim,tendo em vista que a cirurgia , a quimioterapia e a radioterapia não trazem bons resultados para a espécie.Mas, vale lembrar que a incidência de tumores prostáticos é infinitamente baixa e que as prostatites e a hiperplasia prostática, quando diagnosticadas e tratadas adequadamente,possuem total chance de recuperação.
Dessa forma, um exame físico completo realizado pelo profissional certamente é o suficiente para detectar os diferentes problemas na próstatado cão e,assim, direcioná-lo para o melhor tratamento.

Fonte: Revista Pequenos cães,Grandes amigos. Edição 26 Outubro/Novembro.pág:31







sábado, 20 de fevereiro de 2010

Xixi e Coco

Ensinar um filhote a fazer xixi e coco no lugar certo não é difícil, mas requer paciência. Ao contrário dos gatos, os cães não nascem sabendo onde devem fazer xixi e coco. Portanto precisamos ensiná-los de forma bastante clara. Esta é a primeira regra que se deve ensinar ao filhote.

Se o seu caso é de um filhote que acabou de chegar na sua casa, a coisa é bem simples. Os filhotes, principalmente as fêmeas, costumam “anunciar” que vão fazer xixi ou coco: elas param de perna aberta, balançam a bundinha, e começam a agachar. Neste momento pegue-o no colo, e leve-o ao lugar certo. Como ele ainda não tem controle, começará a fazer o xixi (ou coco) assim que você colocá-lo no chão. Então faça a maior festa para seu filhote! Elogie-o, dê um petisco, etc. Faça tudo isso enquanto ele estiver fazendo o xixi. Desta forma, ele irá saber que quando faz o xixi ou o coco naquele lugar, você fica feliz.

Se ele voltar a fazer xixi no lugar errado, brigue com ele, pegue-o no colo, e leve-o de novo ao lugar certo. Então volte a elogiá-lo. Assim fica bem claro o CERTO e o ERRADO. Não vai demorar muito para ele ir sozinho ao local certo para fazer xixi ou coco. Tome o cuidado de escolher como banheiro dele um local de fácil acesso, que não tenham portas no caminho, etc.

Este treinamento vai exigir de você, pelo menos inicialmente, uma vigilância constante. Por esta razão, quando você não puder ficar de olho no seu filhote, deixe-o restrito a uma área da sua casa (ou apartamento) que englobe o banheiro dele. Em apartamentos, o melhor é deixá-lo restrito à área de serviço e, se for preciso, forre toda a área com bastante jornal. Com o tempo, vá colocando jornal numa área cada vez menor. Outra opção que tem se mostrado muito eficiente é o uso de tapetes higiênicos.

Se seu cão já fez 4 meses e ainda não aprendeu onde deve fazer xixi ou cocô, então este treinamento será mais trabalhoso. Isto porque ele já elegeu lugares onde ele faz xixi e coco, e provavelmente você não concordou com os locais que ele escolheu; e ele já tem controle urinário, o que faz com que o treinamento que descrevo acima não funcione, já que assim que você pegá-lo no colo, ele irá segurar o xixi até que possa voltar ao local que ele acredita ser o certo. Para resolver este problema você terá que comprar um repelente de cães (interno se for dentro de casa, ou externo se for no quintal) e passar no local onde ele costuma fazer o xixi e o coco. Este repelente tem um cheiro ruim, o que fará com que ele não chegue perto deste local.

O mais fácil, e eficiente, nestes casos é ensinar o seu cão a começar a fazer xixi e coco na rua. Desde que ele já tenha tomado todas as vacinas, e tenha sido liberado pelo veterinário para sair. Neste caso, você terá que sair com seu cão na rua várias vezes por dia no começo, podendo diminuir o número de vezes diárias conforme os dias forem passando. O mais indicado para o começo do treinamento é sair logo que ele acordar, depois das refeições, depois de beber água, e antes de dormir. Tome também o cuidado de não deixar ração à disposição dele o dia inteiro, pois isso pode fazer com que o funcionamento do intestino fique muito desregulado Para fazer este treinamento você precisará de alguns biscoitos caninos, um Pipi Dog, e um saquinho de supermercado.

Saia com seu cão na rua, e espirre um pouco do Pipi Dog num poste, ou árvore, e deixe-o cheirar por algum tempo. Ao sentir o cheiro do Pipi Dog, ele provavelmente terá também vontade de fazer xixi. Mas isto não é imediato, pode levar vários minutos, portanto não tenha pressa. Continue andando com seu filhote até que ele comece a fazer xixi. Então faça muita festa para ele, e dê um biscoito enquanto ele estiver fazendo o xixi. Isto fará com que ele saiba que fazer xixi na rua é bom! Deixa você feliz, ao contrário de quando ele faz no seu tapete.

Se você respeitar os horários indicados acima para sair com seu cão na rua, é provável que ele faça coco também. Neste caso também faça muitos elogios a ele e dê um petisco enquanto ele estiver fazendo coco. Depois recolha o coco, com o saquinho de supermercado que você trouxe de casa, e jogue-o na lata de lixo mais próxima. Lembre-se: calçada não é banheiro de cachorro! Nada mais chato do que pisar em coco de cachorro na rua!

É importante salientar que seu cão pode levar algum tempo entre a vontade de fazer xixi, e a de fazer coco, portanto não tenha pressa! Comece este treinamento quando você tiver bastante tempo para dedicar a seu cão. Conforme os dias forem passando, seu cão já irá associar a saída para a rua, ao xixi e ao coco, e este tempo ficará cada vez menor.

Dicas:

  • Alguns cães de raças menores costumam demorar mais para acertar o lugar certo de fazer xixi ou coco, pois demoram mais para ter o controle urinário. Portanto tenha paciência.

  • Quanto mais cedo você ensinar o local certo ao seu filhote, mais fácil será o aprendizado.

  • Estes treinamentos devem ser feitos com a maior freqüência possível. Fazer uma ou duas vezes e desistir é o mesmo que não fazer nada.

  • Alguns filhotes fazem xixi quando os donos chegam em casa, por ficarem muito excitados. O melhor nestes casos é ignorar o filhote até que ele se acalme, então dê atenção a ele.

  • Cães muito submissos fazem xixi ao se sentirem intimidados pelos donos, ou mesmo por estranhos. O melhor neste caso é tratar do filhote com muita delicadeza, para que ele não se sinta intimidado. Brigar com ele só piora as coisas.

  • Machos adultos e adolescentes fazem xixi em vários lugares da casa para marcar o território como seu. Normalmente o macho levanta a perna antes de marcar o território, o que torna mais fácil antecipar o xixi. Neste caso o indicado é limitar a presença do cão aos momentos em que ele pode ser vigiado. E reprimi-lo assim que ele começar a levantar a perna. Outra medida eficiente é usar o repelente interno para cães nos lugares onde ele costuma fazer a marcação.

Boa sorte!

Filhote, a melhor idade para treinar

Ao contrário do que se divulga, o filhote pode e deve ser treinado. Conheça as vantagens de adestrar o cão enquanto ainda é novinho

Ele absorve tudo
Esperar 6 meses para começar a ensinar um filhote equivale a negar educação para uma criança até ela se tornar adolescente. Com essa espera se perde o melhor e mais importante período do aprendizado. Apesar de os cães poderem aprender durante a vida toda, é nos primeiros meses de vida que o cérebro deles está mais preparado para se desenvolver e absorver informações. O fato é que os cães estão sempre aprendendo conosco e com o ambiente, independentemente de termos ou não consciência disso. Por esse motivo, principalmente quando são filhotes, devemos prestar mais atenção no que estamos ensinando ou deixando de ensinar. Nada como uma boa educação na infância para serem evitados problemas na vida adulta. Não espere, portanto, o cão crescer para começar a lhe ensinar bom comportamento.

Mais guloso
O filhote costuma ser mais guloso que o adulto, o que facilita o adestramento por reforço positivo, ou seja, associar a obediência com coisas boas. Podemos aproveitar a própria ração do filhote para recompensar os comportamentos desejados e a obediência a comandos. Se o interesse pela ração for insuficiente, petiscos serão infalíveis. Mas tome cuidado para não dar petiscos em demasia e, com isso, desbalancear a ração.

Ter má coordenação motora ajuda
Por mais esquisito que possa parecer, a falta de coordenação motora do filhote facilita muito o aprendizado de comandos básicos, como o “senta” e o “deita”. O filhote tem muita dificuldade de "dar ré" olhando para cima. Por isso, para ensinar o “senta”, deixamos que ele fique em pé e levantamos o petisco acima da cabeça dele, movimentando-o para trás. O cãozinho cai sentado e já pode ser recompensado. A falta de coordenação motora também ajuda a induzir o filhote a aprender o “deita”.

Nasce sabendo dar a pata
É facílimo ensinar o filhote a dar a pata, outro comando considerado básico. Ele já dá naturalmente a pata quando está querendo comer o petisco na nossa mão, mas não consegue. Esse é um comportamento instintivo, normalmente recompensado enquanto o cão mama. O leite sai com mais força das tetas da mãe quando são empurradas com a pata. É um desperdício perder a possibilidade de associar esse comportamento a um comando, recompensando-o! Em geral, bastam alguns minutos para ensinar o comando a um filhote, enquanto que, com um cão adulto, esse mesmo ensinamento pode levar horas.

Liderança mais aceita
Embora o filhote possa ser mais ou menos dominante, raramente deixa de nos obedecer em troca de algum brinquedo ou comida. Muitos cães adultos recusam a recompensa para não demonstrar submissão ou para testar nossa liderança. Cães que aprendem cedo a obedecer e a respeitar limites dificilmente se tornam agressivos com seus donos quando contrariados, ao contrário de cães dominantes que não tiveram uma boa educação. Durante a adolescência, os cães testam com mais freqüência e intensidade a nossa liderança. A melhor maneira de lidar com isso é mostrar firmeza nos limites impostos e recompensar a obediência a comandos, o que fica mais fácil quando se podem usar limites e comandos já ensinados na infância.

Agressividade não perigosa
O filhote já pode demonstrar agressividade ao se sentir contrariado ou quando quer defender a posse de algum objeto ou alimento (agressividade possessiva). Embora um filhote possa morder, raramente representa perigo real para o ser humano. Com isso, quem tem filhote sente menos medo de impor limites com firmeza do que quem tem exemplar adulto, obtendo melhores resultados na educação do cão. É comum os filhotes testarem continuamente os limites, demonstrando agressividade. Mas também é preciso saber que quem não sabe lidar com essas situações corretamente pode incentivar e recompensar tais reações. Conforme o cão vai crescendo, suas ameaças vão ficando cada vez mais amedrontadoras e perigosas, diminuindo bastante a chance de os donos conseguirem controlá-las sem a supervisão de um profissional de comportamento canino.

Donos mais empolgados
Infelizmente, a empolgação e a dedicação dos donos em relação aos filhotes vão diminuindo com o tempo. Por isso, a criação de um bom vínculo entre as pessoas da casa e o filhote é a melhor maneira de garantir uma vida boa para ele depois de se tornar adulto. O cão educado e que sabe obedecer a comandos participa mais intensamente da matilha humana dele e aprende a se comunicar melhor com as pessoas, o que o torna mais querido por todos.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Ter um ou mais cães? Vantagens e desvantagens

Muitos proprietários de cães perguntam se devem ou não comprar um segundo cão. Mostramos os prós e os contras de cada alternativa

Amenizar a solidão
Como animais sociais que são, os cães não gostam de ficar sozinhos. Embora sintam a falta do dono, a companhia de outro cão ameniza bem a solidão. Mas, por outro lado, infelizmente, nem todo cão aprende a substituir a companhia de um ser humano pela de outro cão. Principalmente quando não foi sociabilizado adequadamente com outros cães.

A bagunça aumenta ou diminui?
A destrutividade canina tanto pode aumentar quanto diminuir com a vinda de um segundo cão. Se os dois brincarem juntos, o estrago que produzirão será menor do que se um deles for deixado sozinho. Mas, na maioria das vezes, um dos cães incentiva o outro a fazer coisas erradas!

Quando sozinho, em geral, o cão fica desmotivado e inativo. Pouco destrói, portanto. Nesse caso, se a presença de outro cão estimular o primeiro a agir durante a ausência das pessoas, a bagunça será maior do que quando o único cão era deixado sozinho. Mas é preciso lembrar que mais bagunça é também mais alegria e mais bem-estar para o cão.

Pode haver briga
É normal e aceitável que haja alguma agressividade entre os cães que vivem numa mesma casa. Mas, em certos casos, as brigas resultam em machucados sérios que podem, inclusive, levar à morte.

Quanto mais cães houver, maior a chance de sair uma briga séria. Ter só dois cães é muito mais seguro do que ter três, quatro, etc. Em grupos grandes, muitas vezes o cão que está perdendo a briga é atacado pelos demais e, nesse caso, a conseqüência costuma ser grave.

Para reduzir as chances de brigas sérias, é preciso ter um bom controle sobre os cães e fazer a escolha correta dos indivíduos que comporão o grupo. Muitas pessoas acham que filhotes da mesma ninhada não brigarão quando adultos, assim como mãe e filha, pai e filho, etc. Esse é um conceito errado.

O risco de um macho brigar com uma fêmea é menor do que o de dois exemplares de mesmo sexo brigarem, mas o casal deverá ser separado duas vezes por ano quando a fêmea entrar no cio, se o macho não for castrado e se não se quer reproduzi-los. A separação pode ser bastante inconveniente - o macho costuma ficar desesperado para chegar na fêmea.

Se houver possibilidade de ocorrerem brigas, os proprietários não podem deixar brinquedos e ossos muito atraentes à disposição dos cães. A restrição dependerá de como é o convívio dos cães e de como eles expressam sua agressividade possessiva.

Ciúmes e competitividade
Quando se tem mais de um cão, ciúmes e competitividade são comuns, principalmente visando ganhar a atenção do dono. Para conseguir manter os cães sob controle é preciso demonstrar segurança e firmeza e ter liderança sobre eles.

Exemplares ciumentos podem se tornar agressivos quando disputam um objeto ou a atenção de alguém. A competitividade sem controle aumenta drasticamente os comportamentos indesejados, como pular nos donos e nas visitas, correr atrás do gato da casa, etc. Mas, por outro lado, a competitividade pode levar cães sem apetite a comer mais e cães medrosos a se tornarem mais corajosos.

Cão velhinho X novato
Muitas vezes um filhote faz o cão velhinho voltar a brincar, a comer com mais apetite e a disputar o carinho de seus donos. Mas é preciso ter cuidado para não deixar o mais velho de lado e para não permitir que o filhote o incomode demais. Devemos limitar o acesso do filhote aos locais preferidos pelo veterano, assim como repreender as brincadeiras indesejadas, para garantir sossego ao cão mais velho.

Educação do segundo cão
Sempre pergunto para as pessoas se é o primeiro ou o segundo cão que mais se parece com gente. A resposta costuma ser a mesma: o primeiro! Isso ocorre porque a nossa influência na educação e no comportamento do cão é muito maior quando não há outra referência canina. Se você estiver pensando em ter um segundo cão, prepare-se, portanto, para o novo cão ser mais parecido com cachorro e menos com gente. O primeiro cão costuma entender melhor o que nós falamos e fazemos, procura mais a atenção de pessoas do que de outros cães e costuma ser menos possessivo com seus brinquedos.

Conclusão
Sou a favor de se ter mais de um cão - com companhia a vida fica muito mais ativa e estimulante. Mas o proprietário precisa escolher adequadamente o outro cão e também ser ou se tornar um bom líder de matilha.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Cão mais feliz com enriquecimento ambiental e comportamental

Conheça várias dicas de estímulos e atividades que evitam tédio no cão e suas conseqüências, como compulsão (lamber a pata até feri-la, por exemplo), ansiedade de separação e destrutividade

Objetivo: manter o cão ocupado
Mente vazia, oficina do diabo, diz o provérbio... Você já pensou que o seu cão, enquanto faz coisas saudáveis e corretas, não incomoda pessoas nem destrói a casa ou se automutila? Ocupá-lo é também muito mais saudável do que simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.

Como entreter
Todo mundo sabe entreter o cão levando-o para passear, brincando de cabo-de-guerra com ele ou atirando bolinha. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita.

A dica é preparar diversão para esses momentos. Vale tudo que entretenha o cão e que nos deixe livres para fazer o que quisermos. Existem algumas técnicas que utilizo para proporcionar esse tipo de entretenimento.

Busca por alimento
Esconda petiscos e estimule o cão a procurá-los. Com o tempo, ele passará a vasculhar cada pedacinho da casa, com a esperança de encontrar algo apetitoso. No início, procure facilitar a localização. Depois, pouco a pouco, torne a busca mais difícil. Crie novos esconderijos e dificulte o acesso cada vez mais. Para não estimular o cão a ir aonde você não deseja, evite colocar os petiscos nesses lugares.

Garrafa pet
Esse é um dos meus instrumentos preferidos, mas pode tornar-se um pouco barulhento, dependendo da estratégia utilizada pelo cão. O procedimento consiste em fazer uns furos laterais numa garrafa pet vazia. Deseja-se que, ao ser utilizada pelo cão, caiam alguns pedaços de petisco ou grânulos de ração previamente colocados. Essa é uma ótima maneira de dar ração em vez de simplesmente servi-la no pratinho de comida. No início, faça buracos maiores na garrafa, já que muitos cães podem desistir nessa fase. Aos poucos, dificulte e exija cada vez mais. Assim poderá proporcionar entretenimento por horas, até o cão conseguir tirar o último pedacinho de alimento de dentro da garrafa.

Roer e destruir
Ossos e brinquedos mastigáveis também são ótimas opções. Muitos cães gostam do desafio de destruir coisas, como arrancar pedaços de um bichinho de pelúcia, desde os olhos e o nariz até a espuma de dentro, despedaçar uma bola ou arrancar nacos de um osso de couro.

Conheço vários cães que adoram tirar o rótulo e a tampinha de garrafas pet! Muitos também apreciam destruir coco verde - a bagunça que fica com os fiapos restantes é fácil de limpar e o seu cão merece um bom passatempo!

Outra dica é embrulhar petiscos em pedaços de cartolina ou de papel e deixar o próprio cão rasgar a embalagem.

Embora destruição seja uma ótima terapia para o cão, preste atenção. Se ele for do tipo que engole tudo, só lhe dê objetos cujos pedaços sejam digeríveis e que não possam machucá-lo ou causar obstrução gástrica.

Criações do próprio cão
É impressionante como os cães criam as próprias atividades. Infelizmente, muitas vezes não estimulamos essas iniciativas ou até mesmo as reprimimos. É comum o cão ansioso descobrir que ter uma bolinha na boca para ficar mastigando o ajuda muito nos momentos de maior ansiedade. Um exemplo é o do cão que, quando percebe que terá interação com o dono, corre e agarra uma bolinha. Para ele, é importante ter sempre uma bolinha à disposição e, no entanto, muitas vezes o dono se livra da bolinha porque se tornou vício. O contato com esse objeto permite ao cão extravasar a ansiedade e conseguir não morder a mão do dono nem destruir algum objeto da casa.

Mais uma atividade de diversos cães é correr de um lado para outro quando estão muito ansiosos, incluindo, às vezes, dar voltas em torno da mesa de jantar. Em vez de reprimir o cão por fazer bagunça, deve-se procurar ajustar a casa para essa atividade. Por exemplo, fixar os tapetes no chão e tirar objetos que possam ser derrubados durante o percurso. Essa é também uma maneira de respeitar o cão. Afinal, ele talvez preferisse, se pudesse, pular em você ou rasgar sua roupa.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Como apresentar o mundo para o filhote

Neste artigo, dou dicas de como sociabilizar o filhote com pessoas, animais e objetos. Ensino também truques para ajudar na tarefa

No artigo anterior, expliquei sobre a enorme importância de sociabilizar muito bem o filhote até os 3 meses de vida e sobre como é fundamental ter cuidado com a saúde dele, por não estar ainda completamente imunizado.

Pessoas
Faz parte da socialização proporcionar momentos agradáveis ao filhote, na presença de dezenas de pessoas diferentes. Os cães dividem as pessoas em diferentes tipos, com grande facilidade. Enquanto com algumas eles podem ser confiáveis e dóceis, com outras se tornam agressivos e medrosos. Para evitar isso, devemos apresentá-los a pessoas de todos os tipos.

É preciso fazer a sociabilização de modo que abranja o máximo de etnias (principalmente pessoas brancas e negras), idades (bebê, crianças, adultos, idosos), sexos (homem e mulher), comportamentos (pessoas que falam alto, que se movimentam de maneira não usual, etc.) e presença ou ausência de cabelo e barba.

Mesmo quando há criança em casa, o filhote precisa conhecer outras crianças, para se acostumar com a diversidade.

Não existe uma quantidade exata de pessoas que convém apresentar ao cão até os 3 meses de idade, mas diversos especialistas têm recomendado cerca de 100 pessoas. Algumas delas o cão deve conhecer um pouco mais profundamente, interagindo por meio de brincadeiras e agrados. Uma boa maneira de fazer o filhote gostar de conhecer novas pessoas e, ao mesmo tempo, criar uma pequena interação com elas é pedir aos “estranhos” que dêem um petisco para ele.

Tome muito cuidado com reações que podem assustar o filhote. Principalmente por parte de pessoas estranhas ao cão. Se elas causarem situações assustadoras, podem fazer o filhote generalizar a experiência negativa e passar a ter medo de pessoas desconhecidas ou com alguma característica da pessoa que o assustou. Quanto mais sensível for o cão, mais cuidado devemos ter. Para alguns filhotes, uma aproximação brusca já é assustadora demais.

Animais
No caso de contato com outros animais, é importante manter o controle até que a situação se torne segura para o filhote e para o outro bicho, que pode ser, inclusive, um outro filhote.

Alguns filhotes se assustam demais quando um cão vem rapidamente na direção deles, mesmo que a intenção seja de brincar. A melhor maneira de evitar isso é controlar o outro cão, principalmente se for agitado ou grande, até que o filhote se aproxime dele e o investigue e, assim, perca o medo. Somente deixe os dois interagirem livremente quando perceber que nenhum deles poderá tomar um grande susto ou se sentir extremamente incomodado pela presença do outro.

Às vezes é o filhote que se aproxima rapidamente de outro animal e o assusta ou provoca uma reação agressiva. Se, ao correr na direção de um papagaio, por exemplo, o filhote o fizer sair voando, poderá tanto se assustar quanto se sentir estimulado a caçá-lo. Se a corrida for em direção a um gato, para piorar, o filhote pode levar uma patada o ficar assustado e até machucado.

Portanto, para que a sociabilização comece da maneira adequada, devemos deixar claro para o filhote que, ao se aproximar de outros animais, o faça de maneira calma e gradativa, sem assustá-los. O filhote também precisa aprender que não pode tentar caçar o outro bicho. Caso tente, deve ser imediatamente reprimido. Para obter controle mais fácil do filhote, nesses momentos ele deverá estar de coleira e na guia. Assim, se ele começar a ir rapidamente na direção do outro bicho, você poderá travar a guia e repreendê-lo.

Objetos
Os filhotes devem ser encorajados a brincar, comer e receber carinho ao lado de objetos novos e diferentes. Sempre que possível, devemos ir aproximando o filhote do objeto e não o contrário. Assim evita-se levar o objeto rapidamente demais na direção do filhote, o que poderia traumatizá-lo.

Objetos em movimento também podem ser assustadores para o filhote. Acostume-o, portanto, a carros, motos, caminhões, carrinhos de bebê, bengala, vassoura, etc. Comece com o filhote a uma distância em que se sinta completamente seguro. Brinque com ele, alimente-o e faça carinho, aproximando-o aos poucos do objeto, que deverá estar em movimento. Somente diminua a distância ao perceber que o filhote se sente completamente tranqüilo. Não o force a se aproximar demais do objeto em movimento, para ele não começar a perder a confiança em você.

Fonte:www.caocidadao.com.br