quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cães e plantas podem conviver com segurança?


Algumas pessoas acham que é impossível ter uma casa com cães e um jardim bonito. Mas com um treinamento correto, esse convívio pode ocorrer sem maiores problemas.

Cães gostam de cavar buracos e comer alguns tipos de plantas. Isso é natural e saudável no comportamento deles. E na vida moderna, com o bichinho confinado e sem atividade, isso se torna mais comum ainda.

Geralmente o cachorro “escolhe” aquela plantinha preferida, que você passou muito tempo cultivando, regando, cuidando, para destruir. Isso ocorre por imitação, e também como uma tentativa de chamar a atenção. Isto é, o cão viu você mexendo na plantinha, e resolveu fazer o mesmo, para te imitar, e porque você deu tanta importância para aquela planta, que ele provavelmente vai conseguir sua atenção se mexer ali também. Alguns cães, ainda, não tem o que fazer o dia todo, não possuem brinquedos, ficam entediados, e encontram na destruição uma forma eficiente de aliviar seu estresse e tédio, e também de se exercitar.

Algumas dicas para melhorar esses problemas:

• Dê brinquedos para seu cão destruir: brinque com os brinquedos, deixe-os com seu cheiro, e torne-os interessantes para o cão. Assim ele terá objetos para destruir, e não precisará recorrer às plantinhas;

• Exercite seu cão: faça passeios, jogue bolinhas, deixe-o correr. Ele tem que gastar energia, assim ficará mais tranquilo e feliz! Importante: cada cão tem um ritmo, não exceda os limites de seu cachorro, sempre leve água nos passeios, e evite horários muito quentes;

• Não cuide de suas plantas na frente do seu cão: ele pode querer te imitar, ou relacionar sua presença com o fato de mexer nas plantas, aí acabará destruindo-as;

• Se, ao chegar em casa, perceber que seu cão destruiu plantas, fez bagunça, etc, não dê bronca, e limpe a bagunça quando ele não estiver por perto. Muitos cães passam a relacionar a bagunça com a atenção do dono – mesmo que seja uma atenção de má qualidade, como uma bronca – e acabam repetindo as bagunças, para que o dono “apareça” para dar a bronca novamente;

• Torne o contato com a planta desconfortável: existem sprays amargos próprios para cães – vendidos em petshops – que podem ser colocados nas plantas. Neste caso, repita as aplicações umas três vezes ao dia, para que o cão vá desistindo da planta.
Atenção: não utilize produtos que não sejam próprios para cães, pode ser perigoso para a saúde do seu cão!

• Buracos: No caso de buracos na terra, tampe o buraco com as fezes do seu cão, e depois jogue um pouco de terra por cima. Os cães não costumam cavar onde encontram as fezes;

• Crie um cantinho para seu cão: pode ser uma caixa de areia, para que ele faça buracos, e plantinhas próprias para cães – existem sementes próprias, disponíveis no mercado pet. Assim ele terá o cantinho dele para que possa brincar!

Texto: Caroline Serratto (Adestradora Cão Cidadão)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Doenças prostáticas no cão

"Apesar da função na área reprodutiva ,a próstata doente pode manisfestar sintomas urinários"

A próstata é considerada a única glândula sexual acessória do cão. Sua principal função é proporcionar um meio rico para que os espermatozoides possam se movimentar no ambiente uterino da fêmea, no momento da ejaculação e da fecundação.
O médico veterinário deve estar atento aos sinais e queixas feitas pelo proprietário com relação às seguintes alterações: jato de micção fino, tempo de micção prolongado, frequência de micção aumentada e presença de sangue na urina,principalmente ao final do jato.
Todas estas características podem ser compatíveis com infecções de bexigas (cistites),mas também podem decorrer de infecções e abscessos prostáticos.Nestes casos,a febre e a inapetência também estão associadas.
Embora a hiperplasia prostática benigna possua esta denominação (porque,na maioria das vezes, ela não apresenta sintomas), em alguns casos o simples aumento da glândula não só pode comprimir a uretra (daí o jato mais fino), mas também uma porção do reto, que é o trajeto final das fezes.E, nestes casos,animal poderá apresentar desconforto para defecar.Alerta a todas estas características, o toque prostático pela via retal,associado à ultrassonografia e à realização do exame de urina de rotina, é um dos procedimentos que podem revelar várias alterações relacionadas à prostáta doente.
Das doenças prostáticas, embora a mais rara, o câncer prostático (principalmente o adenocarcinoma) é o mais temido para o cão, pois sua agressividade e a possibilidade de metástase são grandes.Diferente do que ocorre nas prostatites e na hiperplasia prostática, o câncer de próstata não leva ao aumento glandular tão intenso, mas à destruição da glândula e a invasão para outros tecidos vizinhos e distantes (metástases) como as vértebras da coluna lombar, os pulmões e os linfonodos (gânglios) das patas e região inguinal.Por consequência e em função do estado adiantado do tumor, é comum o animal apresentar sangue na urina, dor e cansaço ao se locomover, além de edema (inchaço) dos membros traseiros,exatamente em função das complicações respiratórias,ósseas e ganglionares.
Nestes casos e até mesmo quando é possível a detecção inicial do tumor, o prognóstico é ruim,tendo em vista que a cirurgia , a quimioterapia e a radioterapia não trazem bons resultados para a espécie.Mas, vale lembrar que a incidência de tumores prostáticos é infinitamente baixa e que as prostatites e a hiperplasia prostática, quando diagnosticadas e tratadas adequadamente,possuem total chance de recuperação.
Dessa forma, um exame físico completo realizado pelo profissional certamente é o suficiente para detectar os diferentes problemas na próstatado cão e,assim, direcioná-lo para o melhor tratamento.

Fonte: Revista Pequenos cães,Grandes amigos. Edição 26 Outubro/Novembro.pág:31







sábado, 20 de fevereiro de 2010

Xixi e Coco

Ensinar um filhote a fazer xixi e coco no lugar certo não é difícil, mas requer paciência. Ao contrário dos gatos, os cães não nascem sabendo onde devem fazer xixi e coco. Portanto precisamos ensiná-los de forma bastante clara. Esta é a primeira regra que se deve ensinar ao filhote.

Se o seu caso é de um filhote que acabou de chegar na sua casa, a coisa é bem simples. Os filhotes, principalmente as fêmeas, costumam “anunciar” que vão fazer xixi ou coco: elas param de perna aberta, balançam a bundinha, e começam a agachar. Neste momento pegue-o no colo, e leve-o ao lugar certo. Como ele ainda não tem controle, começará a fazer o xixi (ou coco) assim que você colocá-lo no chão. Então faça a maior festa para seu filhote! Elogie-o, dê um petisco, etc. Faça tudo isso enquanto ele estiver fazendo o xixi. Desta forma, ele irá saber que quando faz o xixi ou o coco naquele lugar, você fica feliz.

Se ele voltar a fazer xixi no lugar errado, brigue com ele, pegue-o no colo, e leve-o de novo ao lugar certo. Então volte a elogiá-lo. Assim fica bem claro o CERTO e o ERRADO. Não vai demorar muito para ele ir sozinho ao local certo para fazer xixi ou coco. Tome o cuidado de escolher como banheiro dele um local de fácil acesso, que não tenham portas no caminho, etc.

Este treinamento vai exigir de você, pelo menos inicialmente, uma vigilância constante. Por esta razão, quando você não puder ficar de olho no seu filhote, deixe-o restrito a uma área da sua casa (ou apartamento) que englobe o banheiro dele. Em apartamentos, o melhor é deixá-lo restrito à área de serviço e, se for preciso, forre toda a área com bastante jornal. Com o tempo, vá colocando jornal numa área cada vez menor. Outra opção que tem se mostrado muito eficiente é o uso de tapetes higiênicos.

Se seu cão já fez 4 meses e ainda não aprendeu onde deve fazer xixi ou cocô, então este treinamento será mais trabalhoso. Isto porque ele já elegeu lugares onde ele faz xixi e coco, e provavelmente você não concordou com os locais que ele escolheu; e ele já tem controle urinário, o que faz com que o treinamento que descrevo acima não funcione, já que assim que você pegá-lo no colo, ele irá segurar o xixi até que possa voltar ao local que ele acredita ser o certo. Para resolver este problema você terá que comprar um repelente de cães (interno se for dentro de casa, ou externo se for no quintal) e passar no local onde ele costuma fazer o xixi e o coco. Este repelente tem um cheiro ruim, o que fará com que ele não chegue perto deste local.

O mais fácil, e eficiente, nestes casos é ensinar o seu cão a começar a fazer xixi e coco na rua. Desde que ele já tenha tomado todas as vacinas, e tenha sido liberado pelo veterinário para sair. Neste caso, você terá que sair com seu cão na rua várias vezes por dia no começo, podendo diminuir o número de vezes diárias conforme os dias forem passando. O mais indicado para o começo do treinamento é sair logo que ele acordar, depois das refeições, depois de beber água, e antes de dormir. Tome também o cuidado de não deixar ração à disposição dele o dia inteiro, pois isso pode fazer com que o funcionamento do intestino fique muito desregulado Para fazer este treinamento você precisará de alguns biscoitos caninos, um Pipi Dog, e um saquinho de supermercado.

Saia com seu cão na rua, e espirre um pouco do Pipi Dog num poste, ou árvore, e deixe-o cheirar por algum tempo. Ao sentir o cheiro do Pipi Dog, ele provavelmente terá também vontade de fazer xixi. Mas isto não é imediato, pode levar vários minutos, portanto não tenha pressa. Continue andando com seu filhote até que ele comece a fazer xixi. Então faça muita festa para ele, e dê um biscoito enquanto ele estiver fazendo o xixi. Isto fará com que ele saiba que fazer xixi na rua é bom! Deixa você feliz, ao contrário de quando ele faz no seu tapete.

Se você respeitar os horários indicados acima para sair com seu cão na rua, é provável que ele faça coco também. Neste caso também faça muitos elogios a ele e dê um petisco enquanto ele estiver fazendo coco. Depois recolha o coco, com o saquinho de supermercado que você trouxe de casa, e jogue-o na lata de lixo mais próxima. Lembre-se: calçada não é banheiro de cachorro! Nada mais chato do que pisar em coco de cachorro na rua!

É importante salientar que seu cão pode levar algum tempo entre a vontade de fazer xixi, e a de fazer coco, portanto não tenha pressa! Comece este treinamento quando você tiver bastante tempo para dedicar a seu cão. Conforme os dias forem passando, seu cão já irá associar a saída para a rua, ao xixi e ao coco, e este tempo ficará cada vez menor.

Dicas:

  • Alguns cães de raças menores costumam demorar mais para acertar o lugar certo de fazer xixi ou coco, pois demoram mais para ter o controle urinário. Portanto tenha paciência.

  • Quanto mais cedo você ensinar o local certo ao seu filhote, mais fácil será o aprendizado.

  • Estes treinamentos devem ser feitos com a maior freqüência possível. Fazer uma ou duas vezes e desistir é o mesmo que não fazer nada.

  • Alguns filhotes fazem xixi quando os donos chegam em casa, por ficarem muito excitados. O melhor nestes casos é ignorar o filhote até que ele se acalme, então dê atenção a ele.

  • Cães muito submissos fazem xixi ao se sentirem intimidados pelos donos, ou mesmo por estranhos. O melhor neste caso é tratar do filhote com muita delicadeza, para que ele não se sinta intimidado. Brigar com ele só piora as coisas.

  • Machos adultos e adolescentes fazem xixi em vários lugares da casa para marcar o território como seu. Normalmente o macho levanta a perna antes de marcar o território, o que torna mais fácil antecipar o xixi. Neste caso o indicado é limitar a presença do cão aos momentos em que ele pode ser vigiado. E reprimi-lo assim que ele começar a levantar a perna. Outra medida eficiente é usar o repelente interno para cães nos lugares onde ele costuma fazer a marcação.

Boa sorte!

Filhote, a melhor idade para treinar

Ao contrário do que se divulga, o filhote pode e deve ser treinado. Conheça as vantagens de adestrar o cão enquanto ainda é novinho

Ele absorve tudo
Esperar 6 meses para começar a ensinar um filhote equivale a negar educação para uma criança até ela se tornar adolescente. Com essa espera se perde o melhor e mais importante período do aprendizado. Apesar de os cães poderem aprender durante a vida toda, é nos primeiros meses de vida que o cérebro deles está mais preparado para se desenvolver e absorver informações. O fato é que os cães estão sempre aprendendo conosco e com o ambiente, independentemente de termos ou não consciência disso. Por esse motivo, principalmente quando são filhotes, devemos prestar mais atenção no que estamos ensinando ou deixando de ensinar. Nada como uma boa educação na infância para serem evitados problemas na vida adulta. Não espere, portanto, o cão crescer para começar a lhe ensinar bom comportamento.

Mais guloso
O filhote costuma ser mais guloso que o adulto, o que facilita o adestramento por reforço positivo, ou seja, associar a obediência com coisas boas. Podemos aproveitar a própria ração do filhote para recompensar os comportamentos desejados e a obediência a comandos. Se o interesse pela ração for insuficiente, petiscos serão infalíveis. Mas tome cuidado para não dar petiscos em demasia e, com isso, desbalancear a ração.

Ter má coordenação motora ajuda
Por mais esquisito que possa parecer, a falta de coordenação motora do filhote facilita muito o aprendizado de comandos básicos, como o “senta” e o “deita”. O filhote tem muita dificuldade de "dar ré" olhando para cima. Por isso, para ensinar o “senta”, deixamos que ele fique em pé e levantamos o petisco acima da cabeça dele, movimentando-o para trás. O cãozinho cai sentado e já pode ser recompensado. A falta de coordenação motora também ajuda a induzir o filhote a aprender o “deita”.

Nasce sabendo dar a pata
É facílimo ensinar o filhote a dar a pata, outro comando considerado básico. Ele já dá naturalmente a pata quando está querendo comer o petisco na nossa mão, mas não consegue. Esse é um comportamento instintivo, normalmente recompensado enquanto o cão mama. O leite sai com mais força das tetas da mãe quando são empurradas com a pata. É um desperdício perder a possibilidade de associar esse comportamento a um comando, recompensando-o! Em geral, bastam alguns minutos para ensinar o comando a um filhote, enquanto que, com um cão adulto, esse mesmo ensinamento pode levar horas.

Liderança mais aceita
Embora o filhote possa ser mais ou menos dominante, raramente deixa de nos obedecer em troca de algum brinquedo ou comida. Muitos cães adultos recusam a recompensa para não demonstrar submissão ou para testar nossa liderança. Cães que aprendem cedo a obedecer e a respeitar limites dificilmente se tornam agressivos com seus donos quando contrariados, ao contrário de cães dominantes que não tiveram uma boa educação. Durante a adolescência, os cães testam com mais freqüência e intensidade a nossa liderança. A melhor maneira de lidar com isso é mostrar firmeza nos limites impostos e recompensar a obediência a comandos, o que fica mais fácil quando se podem usar limites e comandos já ensinados na infância.

Agressividade não perigosa
O filhote já pode demonstrar agressividade ao se sentir contrariado ou quando quer defender a posse de algum objeto ou alimento (agressividade possessiva). Embora um filhote possa morder, raramente representa perigo real para o ser humano. Com isso, quem tem filhote sente menos medo de impor limites com firmeza do que quem tem exemplar adulto, obtendo melhores resultados na educação do cão. É comum os filhotes testarem continuamente os limites, demonstrando agressividade. Mas também é preciso saber que quem não sabe lidar com essas situações corretamente pode incentivar e recompensar tais reações. Conforme o cão vai crescendo, suas ameaças vão ficando cada vez mais amedrontadoras e perigosas, diminuindo bastante a chance de os donos conseguirem controlá-las sem a supervisão de um profissional de comportamento canino.

Donos mais empolgados
Infelizmente, a empolgação e a dedicação dos donos em relação aos filhotes vão diminuindo com o tempo. Por isso, a criação de um bom vínculo entre as pessoas da casa e o filhote é a melhor maneira de garantir uma vida boa para ele depois de se tornar adulto. O cão educado e que sabe obedecer a comandos participa mais intensamente da matilha humana dele e aprende a se comunicar melhor com as pessoas, o que o torna mais querido por todos.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Ter um ou mais cães? Vantagens e desvantagens

Muitos proprietários de cães perguntam se devem ou não comprar um segundo cão. Mostramos os prós e os contras de cada alternativa

Amenizar a solidão
Como animais sociais que são, os cães não gostam de ficar sozinhos. Embora sintam a falta do dono, a companhia de outro cão ameniza bem a solidão. Mas, por outro lado, infelizmente, nem todo cão aprende a substituir a companhia de um ser humano pela de outro cão. Principalmente quando não foi sociabilizado adequadamente com outros cães.

A bagunça aumenta ou diminui?
A destrutividade canina tanto pode aumentar quanto diminuir com a vinda de um segundo cão. Se os dois brincarem juntos, o estrago que produzirão será menor do que se um deles for deixado sozinho. Mas, na maioria das vezes, um dos cães incentiva o outro a fazer coisas erradas!

Quando sozinho, em geral, o cão fica desmotivado e inativo. Pouco destrói, portanto. Nesse caso, se a presença de outro cão estimular o primeiro a agir durante a ausência das pessoas, a bagunça será maior do que quando o único cão era deixado sozinho. Mas é preciso lembrar que mais bagunça é também mais alegria e mais bem-estar para o cão.

Pode haver briga
É normal e aceitável que haja alguma agressividade entre os cães que vivem numa mesma casa. Mas, em certos casos, as brigas resultam em machucados sérios que podem, inclusive, levar à morte.

Quanto mais cães houver, maior a chance de sair uma briga séria. Ter só dois cães é muito mais seguro do que ter três, quatro, etc. Em grupos grandes, muitas vezes o cão que está perdendo a briga é atacado pelos demais e, nesse caso, a conseqüência costuma ser grave.

Para reduzir as chances de brigas sérias, é preciso ter um bom controle sobre os cães e fazer a escolha correta dos indivíduos que comporão o grupo. Muitas pessoas acham que filhotes da mesma ninhada não brigarão quando adultos, assim como mãe e filha, pai e filho, etc. Esse é um conceito errado.

O risco de um macho brigar com uma fêmea é menor do que o de dois exemplares de mesmo sexo brigarem, mas o casal deverá ser separado duas vezes por ano quando a fêmea entrar no cio, se o macho não for castrado e se não se quer reproduzi-los. A separação pode ser bastante inconveniente - o macho costuma ficar desesperado para chegar na fêmea.

Se houver possibilidade de ocorrerem brigas, os proprietários não podem deixar brinquedos e ossos muito atraentes à disposição dos cães. A restrição dependerá de como é o convívio dos cães e de como eles expressam sua agressividade possessiva.

Ciúmes e competitividade
Quando se tem mais de um cão, ciúmes e competitividade são comuns, principalmente visando ganhar a atenção do dono. Para conseguir manter os cães sob controle é preciso demonstrar segurança e firmeza e ter liderança sobre eles.

Exemplares ciumentos podem se tornar agressivos quando disputam um objeto ou a atenção de alguém. A competitividade sem controle aumenta drasticamente os comportamentos indesejados, como pular nos donos e nas visitas, correr atrás do gato da casa, etc. Mas, por outro lado, a competitividade pode levar cães sem apetite a comer mais e cães medrosos a se tornarem mais corajosos.

Cão velhinho X novato
Muitas vezes um filhote faz o cão velhinho voltar a brincar, a comer com mais apetite e a disputar o carinho de seus donos. Mas é preciso ter cuidado para não deixar o mais velho de lado e para não permitir que o filhote o incomode demais. Devemos limitar o acesso do filhote aos locais preferidos pelo veterano, assim como repreender as brincadeiras indesejadas, para garantir sossego ao cão mais velho.

Educação do segundo cão
Sempre pergunto para as pessoas se é o primeiro ou o segundo cão que mais se parece com gente. A resposta costuma ser a mesma: o primeiro! Isso ocorre porque a nossa influência na educação e no comportamento do cão é muito maior quando não há outra referência canina. Se você estiver pensando em ter um segundo cão, prepare-se, portanto, para o novo cão ser mais parecido com cachorro e menos com gente. O primeiro cão costuma entender melhor o que nós falamos e fazemos, procura mais a atenção de pessoas do que de outros cães e costuma ser menos possessivo com seus brinquedos.

Conclusão
Sou a favor de se ter mais de um cão - com companhia a vida fica muito mais ativa e estimulante. Mas o proprietário precisa escolher adequadamente o outro cão e também ser ou se tornar um bom líder de matilha.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Cão mais feliz com enriquecimento ambiental e comportamental

Conheça várias dicas de estímulos e atividades que evitam tédio no cão e suas conseqüências, como compulsão (lamber a pata até feri-la, por exemplo), ansiedade de separação e destrutividade

Objetivo: manter o cão ocupado
Mente vazia, oficina do diabo, diz o provérbio... Você já pensou que o seu cão, enquanto faz coisas saudáveis e corretas, não incomoda pessoas nem destrói a casa ou se automutila? Ocupá-lo é também muito mais saudável do que simplesmente impedi-lo de fazer o que ele quer.

Como entreter
Todo mundo sabe entreter o cão levando-o para passear, brincando de cabo-de-guerra com ele ou atirando bolinha. Mas poucos sabem como entretê-lo enquanto conversam com alguém, vêem televisão ou dão atenção a uma visita.

A dica é preparar diversão para esses momentos. Vale tudo que entretenha o cão e que nos deixe livres para fazer o que quisermos. Existem algumas técnicas que utilizo para proporcionar esse tipo de entretenimento.

Busca por alimento
Esconda petiscos e estimule o cão a procurá-los. Com o tempo, ele passará a vasculhar cada pedacinho da casa, com a esperança de encontrar algo apetitoso. No início, procure facilitar a localização. Depois, pouco a pouco, torne a busca mais difícil. Crie novos esconderijos e dificulte o acesso cada vez mais. Para não estimular o cão a ir aonde você não deseja, evite colocar os petiscos nesses lugares.

Garrafa pet
Esse é um dos meus instrumentos preferidos, mas pode tornar-se um pouco barulhento, dependendo da estratégia utilizada pelo cão. O procedimento consiste em fazer uns furos laterais numa garrafa pet vazia. Deseja-se que, ao ser utilizada pelo cão, caiam alguns pedaços de petisco ou grânulos de ração previamente colocados. Essa é uma ótima maneira de dar ração em vez de simplesmente servi-la no pratinho de comida. No início, faça buracos maiores na garrafa, já que muitos cães podem desistir nessa fase. Aos poucos, dificulte e exija cada vez mais. Assim poderá proporcionar entretenimento por horas, até o cão conseguir tirar o último pedacinho de alimento de dentro da garrafa.

Roer e destruir
Ossos e brinquedos mastigáveis também são ótimas opções. Muitos cães gostam do desafio de destruir coisas, como arrancar pedaços de um bichinho de pelúcia, desde os olhos e o nariz até a espuma de dentro, despedaçar uma bola ou arrancar nacos de um osso de couro.

Conheço vários cães que adoram tirar o rótulo e a tampinha de garrafas pet! Muitos também apreciam destruir coco verde - a bagunça que fica com os fiapos restantes é fácil de limpar e o seu cão merece um bom passatempo!

Outra dica é embrulhar petiscos em pedaços de cartolina ou de papel e deixar o próprio cão rasgar a embalagem.

Embora destruição seja uma ótima terapia para o cão, preste atenção. Se ele for do tipo que engole tudo, só lhe dê objetos cujos pedaços sejam digeríveis e que não possam machucá-lo ou causar obstrução gástrica.

Criações do próprio cão
É impressionante como os cães criam as próprias atividades. Infelizmente, muitas vezes não estimulamos essas iniciativas ou até mesmo as reprimimos. É comum o cão ansioso descobrir que ter uma bolinha na boca para ficar mastigando o ajuda muito nos momentos de maior ansiedade. Um exemplo é o do cão que, quando percebe que terá interação com o dono, corre e agarra uma bolinha. Para ele, é importante ter sempre uma bolinha à disposição e, no entanto, muitas vezes o dono se livra da bolinha porque se tornou vício. O contato com esse objeto permite ao cão extravasar a ansiedade e conseguir não morder a mão do dono nem destruir algum objeto da casa.

Mais uma atividade de diversos cães é correr de um lado para outro quando estão muito ansiosos, incluindo, às vezes, dar voltas em torno da mesa de jantar. Em vez de reprimir o cão por fazer bagunça, deve-se procurar ajustar a casa para essa atividade. Por exemplo, fixar os tapetes no chão e tirar objetos que possam ser derrubados durante o percurso. Essa é também uma maneira de respeitar o cão. Afinal, ele talvez preferisse, se pudesse, pular em você ou rasgar sua roupa.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Como apresentar o mundo para o filhote

Neste artigo, dou dicas de como sociabilizar o filhote com pessoas, animais e objetos. Ensino também truques para ajudar na tarefa

No artigo anterior, expliquei sobre a enorme importância de sociabilizar muito bem o filhote até os 3 meses de vida e sobre como é fundamental ter cuidado com a saúde dele, por não estar ainda completamente imunizado.

Pessoas
Faz parte da socialização proporcionar momentos agradáveis ao filhote, na presença de dezenas de pessoas diferentes. Os cães dividem as pessoas em diferentes tipos, com grande facilidade. Enquanto com algumas eles podem ser confiáveis e dóceis, com outras se tornam agressivos e medrosos. Para evitar isso, devemos apresentá-los a pessoas de todos os tipos.

É preciso fazer a sociabilização de modo que abranja o máximo de etnias (principalmente pessoas brancas e negras), idades (bebê, crianças, adultos, idosos), sexos (homem e mulher), comportamentos (pessoas que falam alto, que se movimentam de maneira não usual, etc.) e presença ou ausência de cabelo e barba.

Mesmo quando há criança em casa, o filhote precisa conhecer outras crianças, para se acostumar com a diversidade.

Não existe uma quantidade exata de pessoas que convém apresentar ao cão até os 3 meses de idade, mas diversos especialistas têm recomendado cerca de 100 pessoas. Algumas delas o cão deve conhecer um pouco mais profundamente, interagindo por meio de brincadeiras e agrados. Uma boa maneira de fazer o filhote gostar de conhecer novas pessoas e, ao mesmo tempo, criar uma pequena interação com elas é pedir aos “estranhos” que dêem um petisco para ele.

Tome muito cuidado com reações que podem assustar o filhote. Principalmente por parte de pessoas estranhas ao cão. Se elas causarem situações assustadoras, podem fazer o filhote generalizar a experiência negativa e passar a ter medo de pessoas desconhecidas ou com alguma característica da pessoa que o assustou. Quanto mais sensível for o cão, mais cuidado devemos ter. Para alguns filhotes, uma aproximação brusca já é assustadora demais.

Animais
No caso de contato com outros animais, é importante manter o controle até que a situação se torne segura para o filhote e para o outro bicho, que pode ser, inclusive, um outro filhote.

Alguns filhotes se assustam demais quando um cão vem rapidamente na direção deles, mesmo que a intenção seja de brincar. A melhor maneira de evitar isso é controlar o outro cão, principalmente se for agitado ou grande, até que o filhote se aproxime dele e o investigue e, assim, perca o medo. Somente deixe os dois interagirem livremente quando perceber que nenhum deles poderá tomar um grande susto ou se sentir extremamente incomodado pela presença do outro.

Às vezes é o filhote que se aproxima rapidamente de outro animal e o assusta ou provoca uma reação agressiva. Se, ao correr na direção de um papagaio, por exemplo, o filhote o fizer sair voando, poderá tanto se assustar quanto se sentir estimulado a caçá-lo. Se a corrida for em direção a um gato, para piorar, o filhote pode levar uma patada o ficar assustado e até machucado.

Portanto, para que a sociabilização comece da maneira adequada, devemos deixar claro para o filhote que, ao se aproximar de outros animais, o faça de maneira calma e gradativa, sem assustá-los. O filhote também precisa aprender que não pode tentar caçar o outro bicho. Caso tente, deve ser imediatamente reprimido. Para obter controle mais fácil do filhote, nesses momentos ele deverá estar de coleira e na guia. Assim, se ele começar a ir rapidamente na direção do outro bicho, você poderá travar a guia e repreendê-lo.

Objetos
Os filhotes devem ser encorajados a brincar, comer e receber carinho ao lado de objetos novos e diferentes. Sempre que possível, devemos ir aproximando o filhote do objeto e não o contrário. Assim evita-se levar o objeto rapidamente demais na direção do filhote, o que poderia traumatizá-lo.

Objetos em movimento também podem ser assustadores para o filhote. Acostume-o, portanto, a carros, motos, caminhões, carrinhos de bebê, bengala, vassoura, etc. Comece com o filhote a uma distância em que se sinta completamente seguro. Brinque com ele, alimente-o e faça carinho, aproximando-o aos poucos do objeto, que deverá estar em movimento. Somente diminua a distância ao perceber que o filhote se sente completamente tranqüilo. Não o force a se aproximar demais do objeto em movimento, para ele não começar a perder a confiança em você.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Técnicas para nunca mais bater no seu cão

Há muitas maneiras de punir comportamentos errados sem dar tapa

No artigo anterior, argumentei sobre os perigos de bater nos cães, tanto para nós, quanto para eles. Embora seja estratégico punir comportamentos errados para educar e estabelecer limites, há muitas maneiras de fazê-lo sem precisar dar tapa no cão.

Escuto com certa freqüência comentários do tipo “as técnicas do Rossi funcionam para cachorrinhos de madame, mas não para o meu Rottweiler!” Isso está longe de ser verdade. Eu e minha equipe somos chamados para resolver problemas de comportamento de bichos de todo tipo. Principalmente de animais grandes e agressivos. Como o elefante, na Tailândia, que iria ser sacrificado por ter matado sete treinadores e recuperei, patrocinado pelo Rotary Internacional. E nunca batemos num animal! Portanto, as técnicas aqui descritas funcionam, independentemente do tamanho ou da agressividade do animal.

Antes de aprender sobre punições, é importante ressaltar que devemos, sempre que possível, recompensar os comportamentos corretos e não só punir os errados. Cães que destroem plantas, por exemplo, devem ser estimulados e elogiados quando mastigarem seus brinquedos. Cães que pulam nas pessoas merecem um petisco ou um carinho quando optam por sentar em vez de pular.


As punições servem para modificar ou inibir um comportamento. Para obter esse resultado, diversas regras precisam ser seguidas:

Punição que o cão queira evitar
O que é punição para um, pode não ser para outro. Cães, assim como nós, possuem gostos e sensibilidades diferentes. É importante, portanto, aprender o que agrada ao cão e o que lhe desagrada.

Susto ou desconforto
As punições que uso causam apenas um susto ou desconforto. O tipo de punição precisa estar de acordo com a sensibilidade do animal. Um barulho bastante alto pode ser completamente ignorado por um cão e pode deixar outro tremendo por horas. Tome muito cuidado na escolha da punição, principalmente se o seu cão for bastante medroso.

Escolha da “arma”
Diversos objetos podem nos auxiliar a provocar um susto ou desconforto no cachorro quando ele optar por fazer a coisa errada. É importante que a punição aplicada não desencadeie nenhuma agressividade no cão, que não o machuque e também que não o deixe assustado por horas. Na dúvida, conte com ajuda de um adestrador ou consultor comportamental.

A. Spray com água
Alguns cães odeiam ser borrifados com água, principalmente se estiverem concentrados em roubar um pedaço de comida. Cuidado para não acertar dentro do ouvido do cão. Em alguns casos, colocamos uma substância amarga e não tóxica para aumentar o desconforto provocado pelo spray. Nesse caso, miramos na boca do cão.

B. Lata com moedas
Moedas ou arruelas dentro de uma lata fazem um barulhão quando as sacudimos. Muitos cães sentem-se intimidados com o barulho.

C. Biribinha ou estalinho
Também funciona pelo susto que o cão leva com a miniexplosão. Evite usar com cão que tenha fobia de fogos de artifício ou que seja muito medroso, pois as punições devem evitar problemas de comportamento e não agravá-los!

D. Jato de ar
Desde bomba de encher pneu de bicicleta até extintor de CO2 (só de CO2 ou ar comprimido, não use nunca de pó químico!) podem ser usados. Normalmente, bomba de encher pneu é muito fraca e o extintor é muito forte. No caso de cães brigando, o extintor é a minha punição predileta, pois dá um baita susto e costuma separá-los na hora, sem perigo de machucá-los!

Aja no momento certo ou esqueça!
Para a punição ter sentido, o cão precisa associá-la ao comportamento errado. O melhor momento de aplicá-la é no início do comportamento errado, não antes e nem depois. Por exemplo: o cão deve ser repreendido quando subiu na cadeira e está para roubar a comida da mesa.

Já é mais do que comprovado que a punição tardia não funciona e que pode, inclusive, causar problemas psicológicos para o animal, pois ele não entende com clareza o que está acontecendo. Apontar para a coisa errada que ele fez, perguntar quem fez aquilo, etc., não funciona, acredite!

Faça o cão fracassar
Além de receber punição, o cão deve fracassar na intenção errada dele. Ou seja, é importante que ele não consiga o que quer. Se ele estiver a fim de roubar comida de cima da mesa, mantê-lo com uma guia pode ajudar o treinador. O mesmo é válido para um cão que quer pular em cima das pessoas ou subir nos móveis. Aja de maneira a impedi-lo de realizar tais desejos e associe a tentativa com algo desagradável ou assustador.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Um tapinha não dói?

Nunca devemos bater no cão? Nem se ele fizer algo muito grave, como atacar os próprios donos? E se dermos só um tapinha de leve, apenas para indicar que não gostamos do que fez? Bater no cão não é uma maneira de educá-lo? Ou de nada adianta bater?

A minha resposta continua a ser a mesma de 10 anos atrás: nunca devemos bater no cão para educá-lo. Neste artigo procuro justificar e explicar a minha posição, sem preconceitos nem radicalismo. Gostaria de deixar explicito que a minha posição não é compartilhada por todos os especialistas em comportamento, já que o tema é bastante polêmico no nosso meio.

Cuidado com preconceito e radicalismo
É comum que gente bem-intencionada acabe por prejudicar a vida de seus animais por acreditar em conceitos radicais e sem flexibilidade. Conheço diversas pessoas que morrem de pena de punir seus cães por mau comportamento. Por isso, seus animais tornam-se mal-educados e acabam tendo de ficar trancados em canis ou do lado de fora de casa, longe de onde mais gostariam de estar: junto do seu grupo! Portanto, não sou contra a punição (atenção: punir não é sinônimo de bater), principalmente quando ela contribui para melhorar o bem-estar e a relação entre as pessoas e o cão da casa.

Punição psicológica tudo bem?
Outra idéia radical é acreditar que é errado punir fisicamente, mas tudo bem se a punição for psicológica. Por exemplo, quando o bicho faz algo errado, em vez de bater nele, ignorá-lo ou mostrar desdém por horas ou dias! Para o cão que depende da aceitação do grupo para sentir-se bem, a atitude poderia ser considerada até cruel. Portanto, não bater no cão não significa necessariamente fazer a coisa certa. Se ele pudesse escolher, acredito que preferiria um tapinha a ser ignorado por longo período!

Mas por que não bater?
Se bater fosse a melhor ou a única maneira de estabelecer limites e educar o cão, eu seria a favor. Educação é essencial para garantir o bem-estar e o bom convívio. Mas há diversas técnicas para punir um cão, mais vantajosas que um tapa, por exemplo. Podemos, ainda, na maioria das vezes recompensar os comportamentos corretos em vez de punir os errados, motivando o cão a acertar e, de quebra, exercitando nossa capacidade de perceber e recompensar as coisas certas, em lugar de focar sempre no que está errado.

Punição ideal
É a punição que faz o cão evitar determinado comportamento ao associá-lo com algo desagradável. Acredito também que a punição deva ser segura, no sentido de não haver possibilidade de machucar o animal nem a pessoa. Deve ser também clara, no intuito de educar, de inibir um comportamento, e não de vingar-se nem de extravasar raiva.

Bater não é seguro para o cão
É relativamente fácil machucar um cão quando se bate nele. Raramente conseguimos controlar nossos movimentos com precisão tal que provoquem apenas desconforto. Imagine uma pessoa dando uma joelhada no tórax do cão para ele parar de pular em cima dela (técnica descrita por diversos livros de comportamento!). Dependendo da velocidade com a qual o cão veio para cima de você, a força do seu joelho no tórax dele pode se multiplicar e até provocar uma fratura de costela! Tapas no focinho também podem machucar, se forem fortes demais ou em região mais sensível. Muita gente bate mais forte quando está com raiva, o que aumenta ainda mais a possibilidade de exageros.

Não é seguro para as pessoas
Algumas punições podem deixar o cão mais perigoso. Bater costuma ser uma delas. Diversos cães reagem agressivamente ao perceber que alguém irá atacá-los com o corpo ou com um objeto. Principalmente se antes disso a pessoa ameaçou ou olhou fixamente nos olhos, atitudes típicas de quem está revoltado ou nervoso. Ao apanhar, nem sempre o cão reage agressivamente se a agressão veio de um superior hierárquico. Mas pode atacar mais facilmente outra pessoa que o ameace, como uma mulher ou criança. Ou seja, bater num cão pode torná-lo mais perigoso até para outras pessoas. Cães que passam a temer movimentos bruscos podem atacar uma criança que esteja indo abraçá-los, por exemplo.

Que fazer, então?
A conclusão é que devemos aprender a educar. Fazer, às vezes, algo de que o cachorro não gosta para inibir alguns comportamentos ou estabelecer limites. Mas não devemos correr o risco de machucá-lo nem de nos machucar. Por isso, recomendo que as punições causem apenas susto (desconforto psicológico) ou desconforto físico no animal, sempre na intensidade adequada. No próximo artigo, darei diversas dicas de como conseguir educar o cão sem nunca mais ter de bater nele.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Medo de bombas e trovões

Fogos em dia de futebol, trovões numa tempestade... Entenda porque tantos cães têm medo de estrondos

Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões. Babam, tremem e, muitas vezes, tentam entrar em locais pequenos demais para eles ou se jogar pela janela. O estresse pode ser tanto que, no dia seguinte, ficam doentes ou se machucam seriamente. Mas, por que ficam tão apavorados?

Instinto de preservação Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons. Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como árvores caindo, relâmpagos, etc. Os antepassados dos cães que mais fugiram desses sons foram os que mais tiveram chances de sobreviver.

Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.

Não é dor no ouvido
Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Tá certo que um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, possa realmente ter esse efeito, mas é raro isso acontecer.

Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

Trauma

Sempre que se assusta demais, o cão pode desenvolver trauma. Se um barulho muito forte o apavorar, outros ruídos semelhantes passarão a causar medo enorme, simplesmente por estarem associados ao grande susto inicial. É o que acontece quando um cão começa a tremer e a ficar ansioso com trovões fracos, bem distantes. Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos. Ou seja, antes mesmo de a tempestade se formar, o cão já pode estar sofrendo.

Cura difícil
Infelizmente, não é fácil resolver esse problema. Mas existem várias dicas para amenizá-lo. Casos de recuperação total acontecem. Não desanime, portanto. Almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração.

Local de confiança e protegido
Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele - permita que fique lá. Além disso, se possível, crie um espaço com janelas e portas vedadas - quanto mais a prova de som, melhor -, e acostume o cão a freqüentá-lo.

Se você escolheu o seu quarto, ótimo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou mesmo um CD de música. Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente. Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores.

Acostumar aos poucos
Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele - dê petisco, jogue bola, etc. Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho. O seu papel é ser fonte de segurança - esse exercício só funcionará se o cão se sentir relativamente seguro. Por isso, não se agache para protegê-lo quando houver um estrondo. Para ele, o ato de agachar pode ser sinal de medo.

Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi-los em momentos agradáveis. Para ele não ficar assustado, respeite sempre os limites.

Evite novos traumas
Todo o treino pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos ruídos. Considere, portanto, a possibilidade de, no dia de uma grande partida de futebol, na virada de ano novo ou quando mais for necessário, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante). Consulte seu veterinário sobre isso. Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio. Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada. Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais. Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo.

Como evitar o hábito de ingerir fezes

Saiba que motivos levam os cães à coprofagia (ingestão de fezes), os problemas que esse hábito pode causar e como lidar com ele

Apesar de ser relativamente comum que os cães comam fezes, seus donos ficam horrorizados com isso, preocupados e com muito nojo! Mas, para o cão, as fezes podem ser saborosas ou divertidas, ajudar a descarregar ansiedade e servir para chamar atenção. Podem até funcionar como pretexto para o cão imitar os humanos, que recolhem os excrementos dele quando faz cocô.

Para lidar com tantas possibilidades, são necessárias estratégias distintas. De maneira geral, as dicas que daremos a seguir podem ser usadas tanto para evitar que o comportamento comece, quanto para controlá-lo.

Fezes apetitosas
Por mais incrível e nojento que possa parecer, é comum que os cães gostem do sabor de algumas fezes. Muitos deles adoram comer fezes de cavalo, de gato e até de gente, e eles são saudáveis! Esse comportamento pode ser justificado do ponto de vista nutricional. Quase sempre há, nas fezes, algum alimento não totalmente digerido.

Por um lado, os cães com problemas digestivos desenvolvem deficiências nutricionais, o que pode alterar o apetite deles e torná-los mais interessados em fezes. Por outro, cães que não digerem completamente o alimento defecam fezes com mais restos de gordura e de proteína, ou seja, que são mais apetitosas.

Quando o cão come fezes, o ideal é que ele passe por uma consulta veterinária para avaliação de eventual deficiência nutricional ou digestiva. Recomenda-se também que as fezes dele sejam analisadas com o objetivo de detectar se há restos de proteína e de gordura ou para verificar se há deficiência de determinadas enzimas.

É bom que a avaliação seja feita tanto com o cão “comedor de fezes” quanto com o cão que produziu as fezes que foram ingeridas, pois o problema pode estar num ou no outro.

Existem produtos, no mercado, para colocar na ração e deixar as fezes menos apetitosas. Alguns cães, porém, só param de comer as fezes enquanto esses produtos são adicionados. Quando o tratamento cessa, voltam ao hábito. Por isso, sempre recomendo seguir dicas comportamentais, como as dadas a seguir.

Por brincadeira
Alguns cães brincam com as próprias fezes e acabam comendo pedaços delas. Isso ocorre mais freqüentemente com filhotes, mas há adultos que continuam com o hábito por toda a vida. O comportamento também é mais comum em cães que ficam presos em locais pequenos e que dormem perto de onde fazem as necessidades.

A melhor maneira de evitar que o cão brinque com fezes é manter o ambiente limpo, livre de fezes e de urina. Procure também posicionar a caminha, o comedouro e a água do filhote no canto oposto ao do “banheirinho”.

Praticar brincadeiras e atividades físicas com o cão assim como deixar brinquedos ao alcance dele são iniciativas que ajudam a evitar a insistência em usar fezes para brincar.

Por ansiedade
Muitos cães só ingerem fezes quando estão ansiosos, geralmente por terem ficado sozinhos em casa ou por não estarem recebendo atenção de seus donos (ansiedade de separação). Nesses casos, a melhor maneira de lidar com o problema é aumentar a atividade física do cão e tratar a ansiedade. Um dos tratamentos é chegar em casa sem fazer festa nem dar bronca no cão. Costuma ser exatamente o oposto do que as pessoas fazem. Festejam o cão até perceber que ele comeu cocô. Aí passam a dar bronca. Agindo assim, só pioram o problema, pois, quanto mais eufórica e tensa for a chegada dos donos, mais o problema aumenta quando o cão é deixado sozinho.

Para chamar atenção ou por imitação
Muitos cães observam que o dono corre com grande interesse para recolher as fezes assim que são expelidas. Alguns deles tentam pegar as fezes antes que o dono consiga alcançá-las. O problema é que, em vez de jogá-las no lixo ou na privada, eles as engolem.

O truque para evitar essa competição é recolher as fezes calmamente, permitindo, inclusive, que o cão as cheire. Para conseguir isso, recomendo oferecer um petisco bem gostoso, assim que o cachorro terminar de evacuar. Ao mesmo tempo, joga-se um produto bem amargo e não tóxico em cima das fezes. Desse jeito, após ingerir o petisco, o cão poderá cheirar as fezes sem se sentir atraído por elas. E o recolhimento delas poderá ser feito com calma, sem que o cão veja isso como uma competição.

Por receber petiscos como recompensa, o cão passará a fazer as necessidades mais vezes na frente do dono. Ótimo para poder recompensá-lo novamente e jogar o produto amargo em cima das fezes!

Fonte:www.caocidadao.com.br

Você deixa seu cão de castigo?

Não é recomendável trancar o cão num quartinho quando erra. Saiba por quê

Ao educar um cão, existem muitas maneiras de estabelecer limites e de deixar claro quais comportamentos não são aceitáveis. Mas algumas punições, como trancá-lo sozinho, devem ser evitadas. A seguir justifico a minha posição e ofereço alternativas mais eficientes e seguras do ponto de vista psicológico.

Não associar isolamento com punição
Cães são extremamente sociais. Por isso, não gostam de ficar sozinhos. Até aí, tudo bem. Se gostassem, deixá-los de castigo nem seria punição. O problema é que o cão associa ficar sozinho com bronca e toda vez que tiver que ficar sozinho, se sentirá ainda pior. Sempre recomendo fazer o oposto: associar o fato de ficar sozinho com coisas boas. Dessa maneira, nossas ausências serão encaradas com mais tranqüilidade pelo cão e causarão menos sofrimento para ele, o que resultará em menores chances de ele desenvolver ansiedade de separação ou compulsões, como ficar lambendo a pata sem parar.

Castigo ou prêmio?
Imagine a cena: o dono conversa animado com visitas e o cão late para conseguir atenção. Decidido a punir o cão, o dono se dirige até ele, agarra-o ou dá comandos, e o acompanha até o lugar do castigo. O centro das atenções, por alguns momentos, é o cão. O resultado é que, logo depois de fazer o que não deve, o cão se sente recompensado. A punição que virá posteriormente será ineficaz, por mais desagradável que seja.Quando o cão consegue escapar antes de chegar ao castigo, às vezes até brincando de pega-pega, ganha ainda mais atenção e se sente mais recompensado pelo comportamento errado. Muitas vezes fica evidente o quanto o cão se diverte, adorando ver o dono tentar pegá-lo. Se fosse possível punir os cães num passe de mágica, sem precisar levá-los até o local do castigo, a punição seria muito mais eficaz. Mas, mesmo assim, persistiria a associação de bronca com o fato de ficar sozinho.

É errando que se aprende
Para educar o cão a conviver com humanos, nada melhor do que o contato prolongado entre ambos. A repetição das recompensas e repreensões, dependendo de o cão agir corretamente ou de maneira inadequada, torna claros os limites e diminui os comportamentos impróprios. Por causa da importância da repetição, é usada a técnica de induzir o cão a errar para poder repreendê-lo mais vezes. Por exemplo, ao treiná-lo a não atravessar a rua, tentamos estimulá-lo a ir para o outro lado jogando uma bolinha ou mostrando um gato. As repreensões resultantes, nas mais diversas situações, ajudam o cão a entender exatamente o que não deve fazer e a saber se segurar. Se um cão pula e late para visitas, o melhor é repreendê-lo no momento exato do pulo e do latido. Cada vez que ele latir ou pular de novo, levará outra repreensão. Se não estiver surtindo efeito, corrigimos. Com tudo isso, o comportamento errado vai ficando claro para o cão e sendo associado a coisas desagradáveis. Essas oportunidades de educar, importantes demais, são desperdiçadas quando o “aluno” é isolado em outro lugar.

Substitutos para o castigo
Em vez de nos preocuparmos somente em punir os erros do cão, sempre enfatizo que devemos procurar ensinar os comportamentos adequados e recompensá-los. Por exemplo, se o cão pular para conseguir atenção, em vez de puni-lo o melhor é ensiná-lo a sentar para ganhar carinho. A punição, quando necessária e útil para dar ao cão uma vida mais gostosa e próxima das pessoas de que gosta, pode ser aplicada sem ser preciso deixar o animal sozinho e inseguro. Antes de tudo, a repreensão deve ser instantânea. De preferência, no mesmo momento em que o comportamento errado acontece. Melhor ainda se for no início do comportamento, como quando o cão começa a abrir a boca para latir. Centésimos de segundo fazem toda a diferença! A repreensão mais indicada é aquela que causa susto ou desconforto ao cão, sem machucá-lo nem traumatizá-lo. Recomendo espirrar um jato de água no focinho dele, com spray, ou chacoalhar uma lata com moedas ou, ainda, se o cão não for muito medroso, estalar biribinhas. O método de repreensão bem como a maneira correta de aplicá-lo são essenciais e a eficácia varia conforme o cão. Por isso, em caso de dúvida, é importante recorrer ao auxílio de um adestrador ou especialista em comportamento.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Como vivem os cães domésticos "selvagens"

Depois de passar milhares de anos sendo selecionado pelo homem, como será que o cão doméstico se sai quando precisa sobreviver por conta própria?

Existem diversos grupos de cães vivendo com pouquíssimo ou nenhum contato com pessoas. Alguns desses grupos foram acompanhados por pesquisadores interessados em entender melhor as diferenças entre cães e lobos e em saber mais sobre o processo de domesticação.

Por que domésticos e “selvagens”
Geneticamente idênticos aos cães com os quais estamos acostumados, os cães domésticos “selvagens” diferenciam-se por não terem tido contato com seres humanos durante o período de sociabilização. Não reconhecem, portanto, os seres humanos como parte do grupo. Se a sobrevivência desses cães persistir sem a interferência humana, com o tempo, provavelmente, as alterações genéticas os aproximarão dos Dingos, cães australianos selvagens, que são uma subespécie de cães.

Onde vivem
Há comprovações ou relatos desses grupos de cães em todos os continentes. Algumas matilhas vivem totalmente afastadas de qualquer civilização. Outras vivem nos arredores de cidades ou vilas. E há também as que vivem dentro das cidades. Neste artigo focarei as matilhas mais “selvagens”. Ou seja, as que tiveram muito pouco ou nenhum contato com seres humanos.

Alimentação
Como diversos animais selvagens, esses cães freqüentam lixões e costumam revirar o lixo das pessoas quando não há ninguém por perto, geralmente à noite.

São vistos, ainda, caçando pequenos animais, principalmente roedores, como ratos, e pequenas aves, como galinhas, pombos e pardais.

Diferentemente dos lobos, raramente caçam ou matam animais de grande porte. Quando isso acontece, costumam se especializar em animais domésticos, como bovinos, ovinos e caprinos. Parecem não conseguir coordenar uma caçada da mesma maneira que os lobos. Por isso, provavelmente, dependem mais dos pequenos animais ou de animais maiores, mas menos aptos a se defender ou fugir.

Os Dingos demonstram uma capacidade bem mais elaborada para cercar e caçar marsupiais, como cangurus, do que os seus parentes mais domésticos. Essa diferença deve estar relacionada ao longo período em que os Dingos precisaram sobreviver sem a ajuda do homem, o que fez o comportamento deles, nesse aspecto, voltar a ser semelhante ao do ancestral de ambas as subespécies, o lobo.

Reprodução
Numa matilha de lobos, só um casal tem permissão para se reproduzir. Já num grupo de cães domésticos “selvagens”, várias fêmeas se acasalam e ficam prenhes. O resultado desse comportamento é, freqüentemente, a produção de um número de filhotes maior do que o grupo é capaz de cuidar. Para piorar as chances de sobrevivência dos filhotes, os machos raramente ajudam as fêmeas a cuidar da prole e a protegê-la.

O cio das cadelas ocorre duas vezes por ano, enquanto o das lobas é apenas anual. Esse é mais um fator que dificulta o sucesso reprodutivo dos grupos de cães. As fêmeas precisam dividir a atenção entre os filhotes recém-nascidos e os que já têm 6 meses, além de terem menos tempo para se recuperar dos desgastes provenientes do parto. Nos países onde o frio é mais rigoroso, o cio adicional também prejudica a sobrevivência dos filhotes que nascem próximo ao inverno, pois precisam enfrentar, ainda pequenos, o frio (as ninhadas de lobo normalmente nascem na primavera, quase um ano antes do próximo inverno).

O comportamento reprodutivo dos Dingos é intermediário entre o dos lobos e o dos cães domésticos “selvagens”. O grupo ajuda nos cuidados com os filhotes, mas o casal dominante permite que outras fêmeas se reproduzam. É provável que o excesso de filhotes produzidos seja controlado pela prática de infanticídio: a fêmea dominante mata todos os filhotes das demais (comportamento observado freqüentemente em cativeiro).

Sobrevivência
Estudos como esses deixam claro como os diversos comportamentos dos lobos são importantes para a sobrevivência deles. As alterações comportamentais que afastam os cães dos lobos criam situações que dificultam muito o sucesso reprodutivo e a própria sobrevivência.

O que determina a aparência dos lobos e como se comportam é a luta pela sobrevivência. O homem conseguiu transformar o lobo em cão, selecionando comportamentos e traços físicos. Mas isso só foi possível porque ele garantiu artificialmente a sobrevivência dos animais que domesticou. Podemos dizer que, hoje, o cão é uma espécie dependente do homem para sobreviver.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Cão e automóvel - Parte 2

Veja as dicas de como tornar mais agradáveis e seguros os passeios de carro, tanto para você quanto para seu cão, em continuação ao artigo da edição passada que explicava o porquê de os cães adorarem ou odiarem esses passeios

Deixar o cão sozinho no carro, seja para pagar uma conta no banco, seja para dormir num hotel, é uma prática criticada por muitos. Mas é extremamente comum na vida das pessoas. Principalmente daquelas acostumadas a passar muito tempo com seus animais e a viajar com eles. Nessas ocasiões, acidentes podem acontecer. Para evitá-los, é importante conhecer os riscos mais freqüentes, independentemente de o cão gostar ou não de passear de automóvel.

Efeito estufa
Quando o carro é deixado sob o sol, mesmo que por pouco tempo, transforma-se numa verdadeira estufa ou sauna. Por isso, são comuns os casos de cães que morrem por hipertermia (calor excessivo) depois de terem sido trancados num automóvel estacionado sob sol. Jamais deixe o seu cão num carro fechado quando houver a possibilidade de o sol incidir sobre o automóvel. Lembre-se: um dia chuvoso pode virar um dia ensolarado em pouco tempo e as sombras mudam de lugar à medida que muda a posição do sol.

Apesar de a maioria das pessoas ficar apreensiva com a possibilidade de faltar ar para o cão dentro do carro, isso é dificílimo de acontecer. A vedação dos automóveis não é tão boa a ponto de não permitir nenhuma troca de ar. Além disso, basta uma frestinha minúscula na janela para impedir que o problema aconteça.

Outro mito é que o carro fechado se esquenta sozinho, até a temperatura ficar insuportável em seu interior. O fato é que, se o carro estiver em lugar escuro, a temperatura interior será semelhante à exterior. Com a presença do cão, a temperatura interior tende a ficar um pouco mais alta já que o organismo produz calor. Mas o problema só se agrava se o carro for muito pequeno ou se as janelas estiverem completamente fechadas ou, ainda, se houver vários cães dentro.

Guia e enforcador
Um cão não deve ser deixado sem supervisão quando estiver com guia ou enforcador, acessórios que podem enroscar em algo e enforcá-lo, ou quando se encontrar em situação desconfortável, que possa causar desespero, levando-o a se machucar. Esses tipos de acidente têm maior chance de acontecer no carro. Um cão sem supervisão pode pular de um lado para outro e facilmente se enroscar. Se for preciso deixar o animal sozinho no carro, mesmo que por pouco tempo, deve-se tirar antes o enforcador ou a guia dele. Quanto á coleira, recomendo que seja deixada sempre no cão e que contenha o nome dele e o telefone do dono.

Carro em movimento
Procure imaginar os piores cenários e prepare-se para eles. Assim, caso ocorram, você estará em situação privilegiada, que lhe permitirá agir com muito mais calma e segurança. Lembre-se de que diversas vidas poderão estar em jogo com o carro em movimento. Incluindo a sua e a do seu cão. A melhor maneira de evitar acidente é deixar o cão contido, de modo que não possa circular de um lado para outro no interior do veículo. Levá-lo dentro de uma caixa de transporte ou preso em um cinto de segurança próprio para cães são ótimas maneiras de transportá-lo. Caso o cão esteja com guia, certifique-se de que ele não consegue ir para o banco da frente nem pular a janela ou ter acesso a qualquer coisa perigosa.

Cão sob o pedal do freio ou em cima do freio de mão: uma fração de segundo pode ser preciosa durante uma situação de risco de acidente. Se não houver tempo para tirar o cão do colo ou para evitar que entre em baixo dos pedais, por exemplo, o resultado pode ser desastroso. Grande parte dos acidentes ocorre porque o motorista fica impedido de usar imediatamente o freio do carro.

Cão histérico ou que ataca transeuntes: o cão que late e pula de um banco para outro tira facilmente a concentração do motorista. Isso, obviamente, aumenta a chance de acidente. Alguns cães tentam atacar qualquer pessoa que chega perto do carro. Infelizmente, o ataque não ocorre só contra o ladrão que quer invadir o carro e dominar o motorista. Ocorre também contra crianças pedindo dinheiro no farol e contra um amigo que se aproxima para cumprimentar você, por exemplo.

Cão que pula pela janela: diante de um estímulo irresistível, o cão pode resolver pular pela janela do carro. Não é preciso dizer que esse comportamento é extremamente perigoso. Principalmente se o carro estiver em movimento ou em lugar bastante movimentado. Por isso, nunca deixe o cão saltar pela janela do carro, mesmo que o automóvel esteja dentro de um parque ou em situação totalmente segura. Pular pela janela é um hábito demasiadamente perigoso e deve ser totalmente inibido.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Cão e automóvel - Parte 1

Descubra o que leva os cães a adorar ou a odiar os passeios de carro e entenda os motivos de alguns comportamentos exibidos por eles dentro dos veículos

Muitos cães andam de carro. Seja para ir a um parque ou a uma consulta veterinária, seja para acompanhar seus donos numa viagem. Neste artigo, procuro desvendar alguns mitos relacionados com os cães que “passeiam” de carro e dar dicas valiosas para os proprietários deles.

Seu cão é apaixonado por carro?
Para quem não conhece bem os cães, essa pergunta pode parecer um tanto esquisita. Mas o fato é que a grande maioria dos cães ama estar dentro de um carro! Não estranhe, portanto, se o seu cão tiver essa paixão ou se ele vier a desenvolvê-la. Existem vários motivos que podem levar um cão a adorar os passeios de automóvel.

Toca do grupo
Cães são animais sociais, que se sentem bem em grupo e que gostam de se abrigar em tocas. O carro, para os cães, é uma toca do grupo e estar dentro dela é uma garantia de fazer parte integrante desse grupo.

Toca que passeia
Além de o carro fazer o cão se sentir seguro e de proporcionar a ele a companhia do grupo do qual faz parte, ainda o leva para passear. Essa é uma combinação maravilhosa para os cães que querem estar perto das pessoas e, ao mesmo tempo, desejam se sentir protegidos em uma toca e dar uma voltinha. Se não bastasse, a toca ambulante pode levá-los para lugares legais como um parque, um sítio ou uma fazenda!

Nem todos gostam
Há uma pequena parcela de cães que não gosta de passear de carro. Isso acontece quando o automóvel é associado a coisas ruins, principalmente a medo e a enjôo.

Alguns cães com medo de carro o vêem como uma toca que passeia ao lado de outros carros e caminhões. Um cenário que pode ser assustador! Para piorar, a toca ainda pode levar o cão até uma consulta veterinária, que para ele não é nada prazerosa (e alguns cães só são postos no carro para serem levados para esse tipo de destino).

Quanto a sentir enjôo - sensação extremamente desagradável produzida em alguns cães pelo balanço e movimento do carro -, é fácil entender que uma associação negativa tende a aparecer com o tempo. Quando isso acontece, o cão pode começar a sentir enjôo somente por entrar no automóvel, antes mesmo de o motor ser ligado.

Aumento da agressividade
Muitos cães, até mesmo alguns bastante dóceis, em determinados momentos manifestam agressividade quando estão dentro do carro. Isso ocorre porque os cães tendem a ficar mais agressivos se houver algo muito valioso para defenderem e, se ao mesmo tempo, se sentirem seguros. É provável que existam poucas coisas que sejam mais importantes para um cão proteger do que a “toca móvel” dele. E estar nela, juntamente com o grupo, protegido por janelas resulta numa enorme sensação de segurança.

Normalmente, a agressividade se manifesta quando alguma pessoa se aproxima do carro. Mas também pode ocorrer se alguém tenta tirar o cão desse espaço tão precioso para ele. Nesses momentos, o próprio dono corre risco de ser mordido.

Assento nobre
Em geral, quando o cão é deixado sozinho no carro por algum tempo, às vezes por menos de 5 minutos, elege o banco do motorista como o lugar predileto para se sentar ou deitar. Isso acontece porque o local é percebido como o mais disputado do carro, aquele que nunca fica vago. Entre os assentos do veículo, é também o que mais tem cheiro das pessoas preferidas pelo cão, odor que o ajuda a relaxar enquanto fica sozinho.

Perigos
Tudo na vida tem um lado positivo e outro negativo. O mesmo se aplica à combinação de cães com automóveis. Levar o seu cão para passear de carro é ótimo, mas é importante ter consciência dos riscos envolvidos e fazer de tudo para evitar que ocorram acidentes. Afinal, estão em jogo a vida do cão, do dono e de outras pessoas. Alguns acidentes mais comuns relacionados com a presença canina em automóvel são: cão com insolação por ter sido deixado em carro fechado sob sol forte; cão que pulou pela janela; cão que atacou transeunte; e, ainda, motorista que bateu o carro porque o cão atrapalhou.

É sobre como prevenir e evitar acidentes que irei escrever a minha próxima coluna. Darei também dicas de como fazer o cão gostar de carro, quando não gosta, e de como ensiná-lo a nunca sair do carro sem permissão nem saltar pela janela.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Oito dicas para o cão parar de cavar o jardim

Revelo, neste artigo, as oito dicas que costumo dar aos meus clientes que não querem ter o jardim esburacado por seus cães

Muitas vezes, uma dica basta para resolver o problema das escavações caninas. Mas, para saber qual é essa dica, é preciso saber antes o que leva o cão a cavoucar.

1. Crie cantinhos excepcionais
Por instinto, o cão dá uma cavadinha onde irá se deitar - costuma fazer isso até em sofás e pisos frios! Normalmente, após a cavadinha, dá umas rodadas e se deita. Muitos cães gostam de deitar-se em lugares frescos do jardim ou que permitam acompanhar o movimento da casa ou da rua. O problema é que, muitas vezes, há um canteiro de flores ou grama justamente nesses lugares. O truque é preparar cantinhos perfeitos para o cão, levando em consideração o que ele mais deseja. Às vezes, até sugiro uma pequena reforma paisagística.

2. Gaste o excesso de energia
Quanto mais energia o cão tiver, maiores as chances de ele cavar grandes buracos. Uma maneira de controlar o excesso de energia é levá-lo para passear diariamente e/ou exercitá-lo bastante, com brincadeiras.

3. Combata o tédio
Cães também ficam entediados! Gostam de passear, caçar, brincar, etc., e não de ficar isolados em um quintal. Crie atividades para tornar a vida do seu cão mais interessante. Nem que seja escondendo petiscos no jardim para ele encontrar. Ler artigos sobre enriquecimento ambiental e comportamental ajuda a ter idéias para entreter o cão.

4. Evite que enterre objetos
Enterrar ossos naturais e alimentos para consumir mais tarde também faz parte do instinto canino. Muitos cães enterram apenas alguns tipos de objetos. Se o seu fizer isso, não deixe de lhe dar os objetos daquele tipo. Mas, em vez de entregá-los, mantenha-os amarrados numa corda. Assim, ele não poderá levá-los para enterrar. Um jeito de evitar que o cão se enrosque na corda é pendurar o objeto de modo a não encostar no chão. Esse método é útil também para combater a possessividade canina por determinados objetos.

5. Prepare um cantinho para grávidas
Cadelas prestes a parir ou com gravidez psicológica procuram cavar um ninho para os filhotes. Nesses casos, devemos preparar cantinhos perfeitos para elas. E, quando a gravidez for psicológica, pode-se, ainda, tratar a fêmea com inibidores de hormônio (consulte seu veterinário).

6. Torne desagradável desenterrar
Se o cão cava lugares específicos, antes de tapar os buracos encha-os com os próprios cocôs dele. É praticamente certo que isso o fará desistir de cavar aquele local. Com o tempo, você irá minando todos os lugares mais cavados. Essa é a minha dica preferida!

7. Reestruture seu jardim
Procure adaptar o estilo do seu jardim à presença canina. Às vezes, algumas pequenas alterações podem evitar muita dor de cabeça e proporcionar menos estresse no convívio. Pedras nos lugares em que o cão cava, assim como cercas e telas, podem, muitas vezes, ser a melhor solução. Um dos meus clientes resolveu o problema com telas postas no solo dos canteiros que o cachorro cavava. Nessa alternativa, caso se queira ocultar a tela, basta jogar um pouco de terra por cima. Ou esperar que as plantas cresçam. Há, porém, o inconveniente de ser preciso retirar a tela ou cortá-la, para plantar nova muda. Em alguns casos, sugiro construir uma caixa de areia no jardim para o cão poder se divertir, cavando. Afinal, cavar é um comportamento normal e saudável.

8. Só dê bronca durante a ação errada
Nem pense em dar bronca no cão se não for no exato momento do comportamento inadequado. Está mais que comprovado: bronca fora do momento exato, além de não funcionar, pode deixar o cão confuso, o que aumenta as chances de surgirem problemas de comportamento. A melhor ocasião para repreender o cão é quando ele começa a cavar um lugar proibido. Nesse momento, procure fazê-lo sentir desconforto. Jogue um pouco de água nele ou faça um ruído que o assuste, por exemplo. Mas só faça isso se ele não for medroso nem inseguro. Algumas pessoas conversam com o cão quando ele erra. Tentam explicar que agiu incorretamente. Não faça isso. O cão pode gostar dessa atenção e começar a cavar na expectativa de receber mais!

Fonte:www.caocidadao.com.br

Como ensinar seu cão a latir menos

Neste artigo, abordo as principais dicas que conheço para lidar com cães que latem demais

Donos culpados
Por incrível que pareça, os donos que menos gostam de latidos são os que mais rapidamente ensinam o cão a latir para tudo. Isso porque, para fazê-lo parar de latir, lhe dão exatamente o que ele quer. E o cão logo percebe que basta latir para que seus donos tirem a bolinha que está embaixo do armário ou abram mais rapidamente a porta. Ou seja, para resolver um problema imediato, as pessoas acabam treinando o cão a latir cada vez mais!

Tentativas frustradas
A situação costuma piorar quando os donos, diante dos latidos, não satisfazem a vontade do cão. Ele não consegue o que quer e passa a latir mais alto e mais vezes. Nessa disputa, vence o mais persistente. Nem é preciso dizer que, quase sempre, o vencedor é o cão... Quando isso acontece, ele aprende não só que consegue o que quer, latindo, mas que não deve desistir facilmente e que latidos mais altos e mais intensos produzem resultados ainda melhores sobre os seres humanos!


Por isso, para não fracassar mais uma vez, procure seguir as próximas dicas, já que cada fracasso seu é mais um estímulo para o cão latir quando quer conseguir algo.

Exercício e atividades
Cães sem atividade tendem a desenvolver muito mais problemas comportamentais, inclusive latir em excesso. Procure exercitar o cão diariamente com brincadeiras, adestramento e passeios.


Brincadeiras aeróbias são as mais recomendadas, pois provocam relaxamento mental e físico, além de alterarem alguns neurotransmissores cerebrais, funcionando de maneira semelhante a um antidepressivo.


O adestramento pode estar inserido no dia-a-dia do cão. Use sempre algum comando que ele conheça antes de lhe dar algo que ele deseje, como petisco, carinho e brinquedo. Passeios diários são excelentes - exercitam o cão, fornecem uma porção de estímulos visuais, auditivos e olfativos, além de a atividade ser feita em companhia, o que também é muito importante para os cães.

Ampliar a comunicação
Cão que só sabe pedir latindo fica mais ansioso e aflito quando é impedido de usar essa forma de comunicação. Por isso, estimule o seu cão a usar outros sinais para manifestar as vontades dele. Para tanto, passe a atender os sinais alternativos usados pelo cão, aos quais você não dava atenção. Como quando ele põe a pata no seu colo para pedir carinho ou fica olhando para a maçaneta para alguém abrir a porta. Novos comportamentos comunicativos podem ser ensinados, como trazer a guia na boca para mostrar que quer passear ou cumprimentar, para ganhar petisco.

Repreender erros
É essencial que o cão não consiga o que deseja quando está latindo. A vontade dele nunca deve ser satisfeita enquanto faz algo considerado errado. Uma boa ajuda para controlar os latidos é associá-los com algo desagradável, como um gosto amargo na boca ou um susto.


Para o estímulo desagradável ser eficiente, o cão precisa querer evitá-lo, e a sua aplicação deve ser feita no exato momento em que o comportamento errado acontece. Cada cachorro tem uma sensibilidade. Por isso, pode ser útil contar com a ajuda de um adestrador ou de um especialista em comportamento para encontrar a ferramenta ideal e determinar a melhor maneira de utilizá-la. Normalmente, sacudimos uma lata com moedas para fazer barulho ou jogamos um jato de água no focinho do cachorro para causar um susto ou desconforto.


Atenção: se você tiver mais de um cão, cuidado para não assustar os outros cães com a punição, principalmente se forem medrosos ou tímidos. Nesses casos, dê preferência para o spray de água - ele pode ser direcionado para o cão latidor, sem afetar os demais.

Estimular a não latir
Procure, sempre que possível, recompensar os comportamentos corretos. Isso inclui não latir. Crie situações nas quais o cão normalmente latiria, como tocar a campainha da porta, e recompense-o com um petisco se ele não latir. E, se latir, repreenda-o imediatamente, fazendo algo desagradável para ele. Como resultado, muitos cães, ao ouvir o toque da campainha, correm na direção do proprietário e pedem petisco em vez de ficarem na porta latindo. Estimular um novo comportamento, em vez de apenas reprimir o comportamento indesejado, controla muito mais facilmente o cão agitado ou excitável demais.

Fonte:www.caocidadao.com.br

O que pode tornar o seu cão agressivo

O seu cão, por mais bem tratado que seja, pode ficar agressivo. Conheça as possíveis causas disso e controle melhor a situação

Muitas pessoas têm idéia errada sobre a agressividade canina. Acreditam que determinadas raças nunca se tornam agressivas. Ou que o cão tratado só com amor e carinho jamais morderá ou será agressivo.

Neste artigo explico como surge um comportamento agressivo, de quais tipos pode ser e por que se desenvolve. No próximo, veremos as maneiras mais eficientes de controlar esses comportamentos e evitá-los.

Raça e linhagem

Quando me pedem um comentário sobre ataques de cães, a primeira pergunta que ouço é sempre se a culpa é da raça ou da maneira como o cão foi criado. Na verdade, a resposta não é simples - um ataque pode ser determinado por vários fatores.

Para começar, não há raça canina sem indivíduos agressivos. Muitas pessoas se surpreendem quando se deparam com um Golden Retriever ou um Labrador agressivo. No imaginário delas, essas possibilidades não existem! Mas elas existem. E não são tão raras assim, como bem sabe quem trabalha com comportamento canino.

Isso não quer dizer que uma raça não seja, em média, mais agressiva ou dócil que outra. Por exemplo, Rottweilers são mais agressivos que Beagles, em média, mas há muitos Rottweilers mais dóceis do que muitos Beagles.

Outro fato são as diferentes linhagens de uma mesma raça, cujos exemplares podem ser mais mansos ou mais agressivos do que a média. Por isso, às vezes, ao querer prever o comportamento futuro do filhote, é mais importante conhecer o comportamento típico da sua linhagem do que da sua raça.

Influência da criação

O modo como lidamos com o cão influencia muito o comportamento dele. A boa educação pode controlar a tendência a uma agressividade maior e a má educação pode tornar perigoso um cão pouco agressivo. Mas é muito mais fácil e garantido educar para ser manso e confiável um cão que tem tendência a ser dócil.

Amor e carinho não bastam

Quando atendo consultas de comportamento, muitas vezes ouço gente desabafar que sempre fez tudo que o cão queria, sem nunca lhe faltar amor nem carinho, e que não entende por que agora ele ataca as pessoas da casa. Mas, para controlar a agressividade dos nossos cães e evitar acidentes, muitas vezes graves, devemos estar cientes de que a educação correta envolve muito mais do que amor e carinho.

De onde vem a agressividade

Para a maioria das espécies, a agressividade é fundamental. Fazem, por meio dela, a defesa do território, de seus parceiros sexuais, dos filhotes, da comida e até da posição hierárquica. Na grande maioria dos bichos, o comportamento agressivo é inato, pelo menos em parte, e pode aflorar somente em algumas situações ou fases da vida. É o caso dos cães machos que, na puberdade, começam a brigar com outros cães machos. E dos filhotes que se tornam agressivos ao disputarem uma teta da mãe ou ao tentarem garantir que o sono não seja perturbado pelos irmãozinhos.

Vários tipos de agressividade

Podemos dividir o comportamento agressivo em classes, para melhor entendê-lo e controlá-lo. Independentemente dos critérios adotados, mais complexos ou mais simples, em geral as classificações se assemelham.

Agressividade territorial

Normalmente, um cão fica mais agressivo no território dele, para defendê-lo. Muitos cães aceitam um outro cão quando estão em espaço neutro, mas passam a atacá-lo se ele entrar no território deles ou ameaçar entrar.

Agressividade possessiva

Manifesta-se quando alguém se aproxima de um objeto, de um animal ou de uma pessoa de quem o cão tem “ciúmes”. Ocorre, por exemplo, quando ele está com algo que considera valioso, como um osso com pedaços de carne. Acontece também quando uma visita abraça ou cumprimenta o dono do cão.

Agressividade por medo ou dor

Às vezes, para se defender, o cão acuado pode atacar o agressor. Ou, ameaçá-lo mostrando os dentes e rosnando, para evitar que chegue perto demais. Um cão com dor, por medo de que um outro bicho ou uma pessoa se aproveite dessa vulnerabilidade, tende a ser agressivo. Esse é o principal motivo que leva cães atropelados a atacar a pessoa que tenta socorrê-los.

Agressividade por dominância

Serve para mostrar quem manda. Costuma acontecer quando é questionada ou contrariada a dominância de um cão que se considera líder do grupo.

Fonte:www.caocidadao.com.br

Casinha de cachorro

O seu cão tem casinha? Entenda por que ele deve ter uma e saiba como prepará-la para obter melhores resultados

Para os cães, a casinha é mais do que proteção contra o vento e a chuva. É o lugar em que se sentem completamente protegidos, um espaço realmente deles. Portanto, até mesmo o cão que vive dentro de casa ou em apartamento deve ter casinha. Mesmo que não a use constantemente, o simples fato de ela estar lá proporciona a tranqüilidade emocional de saber que há abrigo disponível para ser usado quando for preciso.

Conforto emocional
Cães são animais de toca. Isto é, costumam preferir dormir e relaxar em pequenas tocas. Dentro delas se sentem protegidos do mau tempo e do ataque de outros animais. Mesmo dentro de casa, onde estão protegidos contra esses perigos, os cães continuam querendo uma toca por necessidade instintiva. Eles gostam de ter um esconderijo ao qual recorrer em noites de trovoadas ou quando sentem dores ou querem comer um osso em paz, entre outras situações.
O fato de um cão passar anos sem casinha própria não significa que ele não adorará ter uma, mesmo que a adaptação demore algum tempo.

Aconchego
A grande maioria dos cães gosta de dormir em superfícies bem macias e fofas – a exceção fica por conta dos dias de calor, quando alguns apreciam deitar-se diretamente sobre superfícies frias. Se o cão não for calorento, capriche no colchão e nos cobertores ou lençóis. A minha cadelinha vira-lata, por exemplo, prefere edredom de plumas e lençol de fios egípcios! Como achamos isso um absurdo, experimentamos dar-lhe algumas opções e ela, consistentemente, escolhia a mais cara, sobre a qual se deitava! Não estou sugerindo gastar uma fortuna com a roupa de cama dos cães, mas saiba que eles distinguem muito bem texturas e maciez.
Deixar a casinha aconchegante, além de ser uma maneira de colaborar para o bem-estar do animal, evita que o cão fique se aninhando em outros locais da casa, como sofás, camas e jardins. Instintivamente, ele arranha a superfície desses locais e dá umas voltinhas antes de se deitar, o que colabora para estragar o lugar preferido para as sonecas.

Tamanho
Ao contrário do que muita gente acredita, os cães preferem casinhas a mansões. Para eles, tocas apertadinhas conferem mais segurança do que espaços amplos. Por isso, compre uma casinha com espaço suficiente apenas para o cão ficar em pé e dar suas voltinhas antes de deitar-se. Caso seja um filhote, pode ganhar uma casinha de tamanho adequado para quando se tornar adulto, mas com uma divisão provisória que permita expandir a área disponível à medida que ele cresce.

Localização
Casinhas externas devem proteger o cão do vento e da chuva. Por isso, verifique se a casinha e o local escolhido para colocá-la agüentariam uma tempestade, situação na qual o seu cão mais precisará de abrigo.


Se não houver possibilidade de proteger a casinha do sol nas horas mais quentes, adquira uma com isolante térmico.


Como o cão gosta de estar perto do grupo dele, ou seja, de seus proprietários, a casinha deve ficar o mais perto possível de onde ele consegue nos ver ou de onde nos estará aguardando. Cães que ficam do lado fora, por exemplo, gostam de se deitar próximo à porta e não no fundo do quintal. O lugar ideal para colocar a casinha é, portanto, bem próximo do local de entrada e saída das pessoas.


Cães que ficam dentro de casa também querem estar perto de nós. Nesses casos, deixe a casinha próxima à porta ou à janela que proporcionem maior contato com as pessoas da casa. Se o cão tiver livre acesso aos cômodos, coloque a casinha onde as pessoas mais ficam, como na sala ou no quarto.

Aromatização
O “perfume” que mais contribui para a sensação de segurança dos cães é o cheiro do dono. Basta você esfregar a mão na sua própria pele e, em seguida, no pano que colocará dentro da casinha para o cão deitar-se em cima. Nosso cheiro é tão importante para os cães que, quando estão inseguros ou sentem a nossa falta, procuram deitar-se justamente em cima dos lugares com o nosso odor, como o nosso travesseiro, o sofá onde sentamos e o nosso assento no carro.

Endereço móvel
Por ser um ponto de referência, que ajuda o cão a não se sentir tão inseguro ou abandonado em um novo ambiente, a casinha pode e deve ir junto com ele quando for levado para um local desconhecido. Um jeito muito prático de resolver o assunto é adotar, como casinha, a própria caixa de transporte do cão.

Limpeza
Higiene é fundamental. Procure, portanto, uma casinha que possibilite boa limpeza.

Como o cão enxerga

Cães vêem o mundo de maneira bem diferente da nossa. De certo modo, é como se eles estivessem vivendo em um mundo paralelo. Assim como percebem coisas que não temos capacidade de notar, nós notamos coisas que eles não podem perceber

Quando se fala de visão canina, logo vem a pergunta: a espécie enxerga em cores ou em preto e branco? Esse assunto será abordado a seguir, mas trata-se apenas de uma das características da visão. Dizer que sabemos como o cão enxerga não se reduz a conhecer essa resposta!

Afinal, enxerga colorido?
Sim, mas por muito tempo até mesmo os cientistas acreditavam que não. Hoje se sabe que os cães enxergam em cores, mas não distinguem todas as cores que os humanos vêem.

A principal diferença é que os cães não conseguem distinguir o verde do vermelho. Para nós e para outros animais, como pássaros e macacos, que comemos frutas, a diferença entre essas cores é gritante porque é muito vantajoso diferenciar rapidamente as frutas vermelhas das folhagens verdes, por exemplo.


Uma distinção que os cães conseguem fazer bem é entre o azul e o verde. Bolinhas de cor azul são mais fáceis de o cão buscar em gramados do que as vermelhas, que se destacam menos, e por isso podem ser usadas para estimular o olfato.


Faça o teste: segure o cão sobre um gramado bem verde e jogue uma bolinha azul e uma vermelha. Solte-o somente quando as bolinhas estiverem a pelo menos uns 10 metros de distância. Provavelmente, o cão optará por seguir a bola azul, muito mais visível para ele.

Visão noturna
É verdade que os cães enxergam no escuro? Depende. Na escuridão total, não. Mas os cães enxergam muito melhor do que nós no escuro, apesar de não conseguirem distinguir bem as cores. Pode-se dizer, portanto, que no escuro os cães enxergam em preto e branco.

A visão noturna é importantíssima para os animais que caçam no escuro, por dependerem basicamente da luz da lua e das estrelas. É o caso das matilhas selvagens e das alcatéias, cujos uivos, usados também para reunir o grupo para caçar, podem ser mais ouvidos à noite, especialmente nas noites claras.


Faça o teste: com uma câmera de vídeo que filma no escuro (infravermelho) observe como o seu cão se locomove num quarto totalmente escuro. Coloque uma caixa ou cadeira fora de lugar e observe se ele desvia antes ou depois de tocá-la com a cabeça ou bigode. Depois, estimule o cão a andar - jogue uma bolinha que ele adore ou chame-o na sua direção – e aumente a luminosidade aos poucos (use luzes com intensidade ajustável ou permita que a luz da rua entre). Haverá um momento em que, apesar de você ainda não enxergar os objetos, o cão já desviará deles com facilidade. Isso mostra que ele enxerga com muito menos luz do que nós.

Vê de costas?
Graças a uma amplitude de visão bem maior que a nossa, os cães enxergam o que está atrás deles. Como têm olhos mais laterais que os nossos, conseguem ver uma área maior, tanto para localizar presas como eventuais predadores. A maior amplitude visual varia, já que a posição dos olhos muda conforme a raça. Pastores Alemães, por exemplo, têm amplitude visual muito superior à dos Pugs.


Faça o teste: olhe para a frente e traga suas mãos com as palmas abertas a partir de trás da cabeça até enxergá-las. Você só as verá quando estiverem um pouco à frente das orelhas. Isso mostra que a amplitude visual humana é de aproximadamente 180 graus. Experimente fazer isso com o seu cão. Aproveite quando ele estiver olhando fixamente para um local. Mova um objeto de trás para a frente até que ele o perceba e vire a cabeça, querendo-o. Repare como o objeto é percebido, mesmo estando ainda atrás do cão. Fique atento: como o olfato e a audição dos cães são fantásticos, tente evitar que o objeto seja percebido pelo cheiro ou pelo barulho.

Detecção de movimento
Os cães conseguem detectar muito mais facilmente algo em movimento do que parado, qualidade útil nas perseguições durante a caça. É como se o objeto em deslocamento saltasse de um fundo parado.


Faça o teste: amarre numa cordinha um objeto que o cão adore. Prenda o cão num ponto fixo e distraia-o. Coloque o objeto a uma distância tal que fique difícil de ele ver facilmente. Solte o cão e, quando ele estiver “perdido”, procurando o objeto, puxe a cordinha para o objeto se mover. Observe como é localizado facilmente quando entra em movimento. Só não dá para sugerir uma distância padrão, porque o alcance da visão dos cães varia bastante e muitos deles são míopes.

Fonte:www.caocidadao.com.br